Sujeito, tecnologia e discurso: desafios e injunções no processo de divulgação do conhecimento
Sujeito, discurso, divulgação do conhecimento, tecnologia, museu
Apresentamos nesta pesquisa uma proposta que busca investigar as relações de sentido no discurso de divulgação do conhecimento presente na exposição Demasiado Humano do Museu do Conhecimento UFMG. Buscamos compreender como esse discurso se consolida na e pela língua por meio de diferentes materialidades discursivas (fotos, textos, imagens) e como as relações de produção funcionam na constituição dos sujeitos, permitindo diferentes interpretações. O aparato teórico-metodológico foi constituído pela Análise de Discurso de Matriz Francesa, com contribuições advindas de estudos da divulgação da ciência. Compõem o corpus de análise três partes de forma específica: na Exposição Vertentes, os objetos discursivos das Cosmogonias (Yorùbá, Maxakali, Grega, Maia-quiché e Judaico-cristã); ainda nesse trecho, será investigada a discursividade da cosmologia baseada no texto Da natureza das Coisas, de Tito Lucrécio (99 aC. – 55 aC.). Por último, será feita análise do discurso presente na exposição Origens, que apresenta argumento reconhecidamente científico para a origem do Universo. As análises discursivas a serem realizadas pretendem interrogar: I) Como os efeitos de sentido da exposição funcionam por meio da análise de seu funcionamento discursivo? II) Como o discurso documental funciona enquanto prática de arquivo mediada por instituições e produz uma memória institucionalizada, estabilizadora de sentidos? III) De que forma a tecnologia regula o espaço institucional de DDC e que imaginários produz? IV) Que saberes são evidenciados e silenciados no museu, a partir da exposição?