Banca de DEFESA: MARIA ISABEL RIOS DE CARVALHO VIANA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA ISABEL RIOS DE CARVALHO VIANA
DATA : 31/05/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 331 do Campus I
TÍTULO:

A memória em movimento: Dancing at Lughnasa no teatro e no cinema


PALAVRAS-CHAVES:

 

memória, teatro, cinema, Dancing at Lughnasa



PÁGINAS: 179
RESUMO:

É característica marcante da obra do dramaturgo irlandês Brian Friel a encenação da memória no palco. Dancing at Lughnasa é uma de suas peças classificada pelos críticos como uma “peça de memória” por apresentar, assim como a peça The Glass Menagerie de Tennessee Williams, um narrador-personagem que narra eventos retirados de suas lembranças. A peça é também uma autoficção de Friel e apresenta traços autobiográficos do dramaturgo.

Porém, a relação de Dancing at Lughnasa com a memória vai muito além da temática e passa a ser o procedimento e a forma do dramaturgo de fazer teatro à memória do próprio teatro, recuperando suas origens nos rituais e na tragédia e relendo elementos marcantes da fundação do Teatro Literário Irlandês. Dancing at Lughnasa não é apenas uma peça de memória, mas também diz respeito ao teatro que também é memória e dessa forma, pode ser considerado um texto metateatral na medida em que possibilita discussões sobre o gênero dramático, suas técnicas e seu funcionamento.

Fazendo uma análise das noções de tempo, espaço e corpo na peça, elementos essenciais tanto para o teatro quanto para a memória, este trabalho pretende delinear a concepção de memória trazida por Friel e de que forma ela se relaciona com o teatro, dialogando com a tradição e ao mesmo tempo corroborando para uma ideia de comunidade diferente da imaginada pelos membros do Teatro Literário Irlandês. Como um texto dramático apresentado pela primeira vez nos anos 1990 com o objetivo de abrir o caminho do teatro Irlandês para o contexto internacional, pretende-se também levar em consideração sua adaptação, oito anos depois, dirigida por Pat O´Connor, para o cinema hollywoodiano e o tratamento dado à memória local nesse suporte midiático que possibilita sua globalização.

Da vida para a escrita, da escrita para o palco, do palco para o cinema, a memória enquanto repetição na diferença está em constante movimento e em processo contínuo de ressignificação no tempo e no espaço de acordo com os corpos e as comunidades envolvidas.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - CLÁUDIA CRISTINA MAIA
Externo à Instituição - ENEIDA MARIA DE SOUZA - UFMG
Externa à Instituição - MAGDA VELLOSO FERNANDES DE TOLENTINO - UFSJ
Interna - MIRIAN SOUSA ALVES
Presidente - RONIERE SILVA MENEZES
Notícia cadastrada em: 24/05/2019 16:05
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