DESPALAVRAS DO INÚTIL: poesia, imagem e pensamento em Manoel de Barros
PALAVRAS-CHAVE: Imagem. Inútil. Poesia. Manoel de Barros
Partindo da apreciação da produção poética de Manoel de Barros, o trabalho em desenvolvimento busca fazer uma leitura e refletir sobre temáticas do silêncio, imagem e inútil como forma de uma literatura pensante na obra manoelina. Para tal, almeja-se desenvolver uma associação entre tais elementos partindo da ideia de silêncio presente em O espaço Literário de Maurice Blanchot, O som e o sentido de Miguel Wisnik e O ouvido pensante e A afinação do mundo em R. Murray Schafer. Além disso, analisar a imagem na poética manoelina aproximando-o com a teoria do historiador da arte Didi-huberman nos livros O que vemos, o que nos olha, Diante da imagem e Falenas: ensaios sobre a aparição, 2. Por último, busca-se também avizinhar o olhar atento de Palomar, de Italo Calvino, com o olhar de Manoel de Barros, principalmente com relação ao inútil, o que também se procura em As existências mínimas, de David Lapoujade e do já mencionado Didi-huberman em Ninfa Moderna - Ensaio sobre o panejamento caído. Destarte, tendo tal objetivo como impulsionador do trabalho, buscaremos analisar como os elementos mencionados se fazem presentes na obra de Manoel de Barros. A fim de que seja possível melhor contemplá-los, foram selecionados vários fragmentos da obra do referido poeta, os quais se encontram destacados ao longo do trabalho. Recorreremos, destacadamente, aos escritores e teóricos mencionados e verificaremos a presença de tais elementos na obra de Manoel de Barros.