Impactos da tecnologia Floss para tradução automática na aprendizagem de línguas estrangeiras
tradução no ensino e aprendizagem de LEs; Tradução Automática; TDICs na Educação
Até o início do século XXI, falava-se em três tipos de tradução relacionados aos processos de ensino e de aprendizagem de Línguas Estrangeiras (LE), a saber, a “tradução explicativa”, a “tradução pedagógica” e a “tradução interiorizada” (ALBIR 2001). Por outro lado, essa mesma época é tida como o começo de uma era de notáveis progressos na história da tecnologia digital (SILVA, 2012). Assim sendo, considerando a acessibilidade, mobilidade e ubiquidade dos dispositivos das TDIC na nossa sociedade atual, o perfil do aluno de hoje e a relação entre a tradução e os processos supracitados, formulou-se a hipótese de que tenha surgido uma nova prática tradutória ao lado das já conhecidas, envolvendo dispositivos das referidas tecnologias. De fato, esta pesquisa buscou investigar o papel do tradutor automático livre na aprendizagem de LEs. Os participantes foram 719 alunos da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), turmas de 2017, do CEFET-MG e os dados foram coletados por meio de um questionário online (Google Forms). A partir do estado da arte, levantaram-se variáveis para a categorização dos dados, tais como os programas de tradução automática (mais) usados pelos alunos, a sua relação com a ferramenta; os motivos e a finalidades de uso, a avaliação da qualidade dos tradutores automáticos pelos próprios sujeitos e a questão do uso do dispositivo por alunos do ponto de vista ético. Os resultados da pesquisa confirmam a existência da prática e sugerem que a mesma vai além da mera inserção de um texto original e o recolhimento de um texto de chegada para consumo direto. Além disso, apontam para um subaproveitamento dos recursos que a tecnologia digital oferece por parte dos atores do ensino de LEs