Banca de DEFESA: Angélica da Silva Costa

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Angélica da Silva Costa
DATA : 13/03/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 401, prédio 17, 4º andar, Campus II, Av. Amazonas, 7675, Belo Horizonte – MG
TÍTULO:

Confrontar o Trabalho no Trânsito: um estudo ergológico da atividade de agentes de trânsito no município de Betim – MG


PALAVRAS-CHAVES:

Agentes de trânsito; Administração Pública; Processos decisórios; Atividade; Ergologia


PÁGINAS: 91
RESUMO:

A profissão de agentes de trânsito surgiu em 1997, a partir do Código de trânsito brasileiro que determinou a municipalização da fiscalização, engenharia e educação para o trânsito por meio da descentralização administrativa na prestação desses serviços. Desde então, o trabalho desses agentes é normalizado em diferentes documentos, como as resoluções do Conselho Nacional de trânsito e as legislações municipais. Entretanto, tais normas não são capazes de antecipar o que é feito do trabalho no espaço da vida real, o que é preciso mobilizar de si para realizar a atividade, sobretudo, tendo em vista as condições de trabalho que serviço público oferece. Isso demanda que os agentes mobilizem saberes, valores, fazendo usos de si para realizar a atividade. Embora alguns aspectos deste trabalho tenham sido estudados sob as perspectivas microscópicas, notadamente, nos campos da psicodinâmica, da ergonomia da atividade e da psicossociologia do trabalho em torno de fenômenos como o envelhecimento precoce, vivências de prazer e sofrimento, absenteísmo e exposição à violência, buscamos, aqui, aspectos mais invisíveis da atividade dos agentes a partir da perspectiva ergológica, que “constitui-se em um projeto de melhor conhecer e, sobretudo, de melhor intervir sobre as situações de trabalho, para transformá-las”. O objetivo desta dissertação era investigar o trabalho dos agentes de trânsito do município de Betim a partir da compreensão ergológica de atividade. Como método, tratou-se de estudo qualitativo, descritivo, que empregou, como instrumento de produção de dados, a técnica da autoconfrontação simples e cruzada, a amostra foi composta de 12 agentes divididos em 6 duplas em 2 turnos de trabalho. Como principais resultados, foi possível observar como a confrontação entre os trabalhadores e sua imagem em trabalho permitiu que eles revivessem as experiências de suas escolhas e da forma de mobilizar seu saber, seus valores, sua compreensão do contexto e, sobretudo, do que é requerido de seu corpo no trabalho. As confrontações mostraram que os agentes de trânsito têm uma particular compreensão sobre seu papel na articulação de interesses entre os polos de valores com e sem dimensão, sobre o caráter enigmático e diversificado da própria atividade, além de revelar como, diante dos contextos de escassez de recursos e dos problemas culturais do trânsito no município, os trabalhadores agem, fazendo uso de si, mobilizando o que podem para atender à demanda da população e à própria satisfação com seu trabalho. Os resultados também mostraram que a atividade dos agentes emerge no debate de normas sempre singulares que se expressam nas arbitragens que realizam entre as diferentes prescrições que o constrangem e as compreensões sobre a própria forma de fazer. Estas arbitragens são micro escolhas realizadas na atividade que constituem o cerne das contribuições da abordagem ergológica para os processos decisórios sobre a organização do trabalho dos agentes de trânsito.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ADMARDO BONIFACIO GOMES JUNIOR
Interna - LILIAN BAMBIRRA DE ASSIS
Externo à Instituição - MÔNICA DE FÁTIMA BIANCO - UFES
Notícia cadastrada em: 05/03/2020 17:45
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