Banca de DEFESA: Dayse Garcia Miranda

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Dayse Garcia Miranda
DATA : 13/12/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 330 do Campus I
TÍTULO:

A multimodalidade no ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para surdos: análise do uso do livro didático adaptado em Libras


PALAVRAS-CHAVES:

Livro Didático adaptado, Libras, LP2, Ensino L2, Surdez


PÁGINAS: 277
RESUMO:

 

O presente trabalho analisa a aplicação de uma unidade de um referido Livro Didático (LD) de ensino de Língua Portuguesa (LP) adaptado em Libras, e, assim, as questões dessa unidade que norteiam ações para o ensino e o aprendizado da LP como segunda língua (L2) para crianças surdas serão discutidas com base em fenômenos que definem a multimodalidade e seus diferentes modos de recursos significativos (KRESS, 2010, KRESS; VAN LEEWEEN, 2006, VAN LEEWEEN, 2005); pela visão de língua e linguagem como Semiótica Social (BARBARA, 2009, FUZER; CABRAL, 2014, HALLIDAY, 1979, 1998, HALLIDAY; HASAN, 1989, SILVA, R. C., 2016) e pelos pressupostos dos Estudos Surdos que discutem o Bilinguismo (ANN, 2004, GROSJEAN, 2016, SILVA, G. M., 2017, 2018, QUADROS, 1997, 2005, 2019), a aquisição de língua e o ensino de L2 (QUADROS; CRUZ, 2011; PLAZA-PUST, 2012, 2014, GÁRATE, 2014, LEBEDEFF, 2007) e, por fim, ferramentas tecnológicas para acesso à língua de sinais (AMORIM, 2012, BASSO, 2003, SOUZA, 2015, MOSES, 2018, KRUSSER, 2017). Desta forma, ao investigar os aspectos relacionados ao uso do LD, verificam-se os modos de apropriação e uso, pelo professor e pelo aluno surdo, dos recursos de significação utilizados em livros didáticos e sua influência no estímulo para a compreensão e aprendizagem da LP como L2. A metodologia usada foi de caráter qualitativo, com pressupostos etnográficos. Nesse caso, a pesquisadora esteve presente na sala de aula durante todo o período da coleta de dados. Foram 70 (setenta) horas/aula de gravações de vídeos relacionadas à aplicação de uma unidade didática, escolhida pelo professor-participante, de um LD de ensino de LP adaptado em Libras. Participaram da pesquisa três professores e 16 (dezesseis) alunos surdos. A investigação foi feita em três diferentes escolas — duas no município de Belo Horizonte e uma escola na cidade de Divinópolis, Oeste mineiro — e, ao final de cada unidade aplicada, foi promovida uma conversa com os envolvidos questionando-os quanto ao uso do LD. Os dados coletados revelam a LS circulante nos espaços educativos; o não uso do LD com os alunos; o desconhecimento dos professores quanto ao uso das ferramentas tecnológicas; o baixo uso de recursos imagéticos como apoio didático e o desconhecimento de estratégias de ensino da LP como segunda língua na modalidade escrita. Foram identificados vários entraves na realização das atividades, oriundos de atividades com correspondência à oralidade (exercícios grafofonêmicos), bem como desconhecimento dos envolvidos quanto aos diferentes modos de ler textos (LS/LP). Observou-se também que os diferentes modos de linguagem não se alinhavam ou não se complementavam. Conclui-se, em consonância com a hipótese inicial da pesquisa, que o LD de ensino LP adaptado em Libras não oferece condições para a criança surda aprender a LP como L2. Desta maneira, acredita-se que esta investigação possa contribuir para maior reflexão quanto à elaboração de materiais didáticos adaptados em Libras referente ao ensino da LP como L2 para as crianças surdas.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - ANA ELISA FERREIRA RIBEIRO
Externa à Instituição - GISELLI MARA DA SILVA - UFMG
Externa à Instituição - MARIA CLARA MACIEL DE ARAÚJO RIBEIRO - UNIMONTES
Presidente - RENATO CAIXETA DA SILVA
Interno - VICENTE AGUIMAR PARREIRAS
Notícia cadastrada em: 06/12/2019 08:20
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