Banca de DEFESA: ANA PAULA DA COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA PAULA DA COSTA
DATA : 14/09/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Microsoft Teams
TÍTULO:

O POETA E O TIPÓGRAFO: Poesia Livre, Chuvas de Poesia e as experimentações de Guilherme Mansur no Instagram


PALAVRAS-CHAVES:

Barrocobeat; Chuvas de Poesia; Livros de artista; Poesia Livre; Pequenas editoras; Publicações Independentes; Tipografia


PÁGINAS: 218
RESUMO:

Neste trabalho, propõe-se analisar o primeiro projeto editorial de Guilherme Mansur, o Poesia Livre, forjado com o selo da Tipografia do Fundo de Ouro Preto, observando como esse projeto contém elementos que mais tarde irão originar a experimentação literário-poética imbuída de performance ou happening, chamada Chuvas de Poesia. Em seguida, veremos a adaptação de Mansur ao ambiente digital, por meio de análise de algumas experimentações fotográficas que vêm sendo publicadas, desde 2017, no Instagram. Analisaremos as características editoriais de alguns exemplares do Poesia Livre cuja produção se iniciou em 1977, perdurando até 1985, numa época em que essa publicação floresce como uma proposta que, por um lado, alinha-se ao trabalho poético de resistência de geração de poetas conhecidos como “Geração marginal” e, por outro, possui características editoriais peculiares que a distingue da maior parte dos trabalhos impressos feita sem muito rigor por grande parte dos poetas que a ela pertenceu. O Poesia Livre contém, em seu título, não só evocação à liberdade, mas um jogo com o intuito de abarcar as mais diversas formas de poesia, dado o contexto histórico em que foi lançado. A juventude de seu idealizador, Mansur, então com 19 anos, ao criar essa publicação singular, com um ritmo próprio, totalizando dezesseis exemplares, inspirou diversas outras publicações similares, criando uma rede de conexões que interligava poetas e artistas em todo o Brasil. Na década de 1990, Guilherme Mansur inicia as performances poéticas Chuvas de Poesia, que mescla edição e performance, consistindo numa radicalização dos pressupostos que se iniciaram com o Poesia Livre, elevando o conceito de “livre” e “liberdade” a uma potência ainda maior. Essas performances ainda ocorrem no século XXI e se desdobram em outros tipos de manifestações artísticas. Veremos algumas experimentações de Mansur no Instagram, um trabalho com uma interface digital em que ele faz uma releitura de trabalhos desenvolvidos ao longo de sua carreira ou mesmo cria séries fotográficas como um museu virtual para seu acervo fotográfico. Nosso objetivo é desmembrar os processos editoriais desses três projetos demarcando suas singularidades, analisando parte da cartografia poética inserida em Poesia Livre e como as produções apresentadas estão ligadas à junção de várias linguagens: a tipografia, artes visuais, performance e, na poesia, aos traços da poética concretista da qual descende. Mansur acrescenta elementos barrocos, originando uma poética singular por nós intitulada de poesia “Barrocobeat”. Poesia Livre apresenta várias produções de Mansur. Durante seus nove anos de existência, o Poesia Livre deixou marcas indeléveis no trabalho de edição de Mansur, que foram sendo aprimoradas, evoluindo à medida que o tipógrafo-editor-poeta (entre outras denominações) adentra nossa contemporaneidade. Além de analisar esse papel desempenhado como editor, o estudo se debruça sobre as características da poesia de Mansur, como um poeta que, sendo exímio tipógrafo, por meio da linguagem tipográfica, consegue imprimir características especiais e inerentes à sua poética construída com tipos móveis, em que a palavra ocupa o eixo da composição de suas criações e sempre está no centro da obra.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ROGERIO BARBOSA DA SILVA
Interno - WAGNER JOSE MOREIRA
Externa à Instituição - CELINA FIGUEIREDO LAGE - UEMG
Externo à Instituição - MÁRIO ALEX ROSA
Notícia cadastrada em: 30/08/2021 21:49
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