Desenvolvimento de argamassas alcali-ativadas aeradas: parâmetros que governam as propriedades físicas e mecânicas
Materiais álcali-ativados aerados, peróxido de hidrogênio; pó de alumínio; dodecil sulfato de sódio, cura térmica
A industrialização da construção civil é um fenômeno importante que cresceu nas últimas décadas e a construção modular é um de seus segmentos. Neste contexto, é interessante produzir elementos de acabamento mais leves e argamassas celulares são uma opção interessante, uma vez que combinam baixa densidade e resistência mecânica adequada para diferentes aplicações. Elas podem ser produzidas por diferentes vias e as mais aplicadas são o método de espumação química (“chemical foaming”), que usa agentes espumantes, e o método de espumação mecânica (“mechanical foaming”), que usa surfactantes. A necessidade de reduzir os impactos da construção civil ao meio ambiente inspira o desenvolvimento de novos materiais sustentáveis, uma vez que o cimento Portland (PC) é o segundo material mais utilizado no mundo e a produção de 1 tonelada dele é responsável pela liberação de cerca de 0,8 toneladas de CO2. Os materiais álcali-ativados (MAA) são ligantes que atuam como alternativa ao PC e os materiais álcali-ativados celulares (AAF) combinam os benefícios das estruturas celulares e das matrizes álcali-ativadas. O objetivo deste trabalho é estudar a influência do tipo e da porcentagem de diferentes agentes espumantes, do uso de surfactantes e da temperatura de cura nas propriedades físicas, mecânicas e funcionais de materiais álcali-ativados celulares. A escória de alto-forno (BFS) álcali-ativada foi escolhida para atuar como ligante. Peróxido de hidrogênio e pó de alumínio serão utilizados como agentes espumantes, enquanto o dodecil sulfato de sódio (SDS) será empregado como surfactante. Os resultados poderão indicar se (i) o aumento da quantidade de agente espumante resulta na produção de argamassas com menores densidades, (ii) o uso de surfactantes promove a produção de argamassas com maior resistência à compressão para a mesma densidade e (iii) a cura térmica garante maior resistência à compressão em menor idade de cura.