Análise Experimental da Secagem do Milho em Secador de Grãos de Leito Fixo em Escala Laboratorial
Milho. Secador de Leito Profundo. Cinética de Secagem. Análise Energética. Análise Exergética. Análise Experimental.
O processo de secagem térmica é o mais utilizado para remoção de umidade de produtos agrícolas e gera melhorias na colheita, no armazenamento e na qualidade do produto. Entretanto, a secagem possui um alto consumo energético, representando 50% do consumo total de energia envolvida no processamento do milho, que é o grão mais produzido no mundo. Dessa forma, é essencial o avanço nos estudos sobre esse processo, a fim da utilização mais eficiente dos recursos energéticos globais. Este trabalho, portanto, visa construir um secador experimental de leito fixo com controle de velocidade e temperatura do ar de secagem, a fim de realizar estudos sobre a dinâmica de secagem do milho em camada espessa, bem como analisar as eficiências energéticos e exergéticos do equipamento desenvolvido. O projeto do secador foi detalhado e seguiu as recomendações observados na literatura. Os experimentos de secagem do milho, tiveram duração de 120 minutos e foram realizados em camada espessa com leito cilíndrico de 130mm de diâmetro e 200 milímetros de altura, utilizando as temperaturas de 40°C, 50°C e 60°C, e as velocidades de 0,8 e 1,3ms-1 para o ar de secagem. O milho utilizado foi colhido nos campos da EMBRAPA Milho e Sorgo em Sete Lagoas e armazenados em ambiente refrigerado. Dentre os parâmetros variados de temperatura e velocidade do ar de secagem, apenas a temperatura gerou diferenças expressivas no ponto de vista da retirada da umidade média do leito de grãos, sendo que quanto maior a temperatura mais umidade foi retirada do leito. A temperatura do ar de secagem é diretamente proporcional, tanto a taxa de secagem, quanto a eficiência exergética de secagem e é inversamente proporcional a eficiência energética de secagem. Ao passo que a velocidade do ar de secagem, na faixa experimentada, não gerou alteração dos valores da taxa média de secagem, e é inversamente proporcional a ambas as eficiências. O experimento que apresentou maior eficiência energética real de secagem foi o teste com temperatura de 50°C e velocidade de entrada de 0,8ms-1, cuja eficiência energética média real foi de 8%. Ao passo que a maior eficiência exergética média obtida foi de 15% e ocorreu no experimento com temperatura de entrada de 60°C e velocidade de 0,8ms-1.