Estudo da influência do aporte térmico sobre a zona termicamente afetada de aços de alta resistência microligados ao vanádio e ao nióbio para aplicação estrutural
Soldagem, Aços Microligados, ZTA, Aporte Térmico.
Os aços microligados ao nióbio e ao vanádio têm se destacado nos últimos anos, isso se deve ao grande potencial de utilização em aplicações estruturais, principalmente em produtos longos de alta resistência. A utilização desses elementos de liga, juntamente com o tratamento termomecânico controlado, proporciona a formação de uma microestrutura homogênea, além de aumentar a resistência mecânica concomitantemente com o incremento da tenacidade do material, isso ocorre devido ao refinamento de grão e à formação de precipitados, que é um fenômeno peculiar a esses aços microligados de alta resistência (ARBL). Entretanto, a utilização de elementos microligantes ainda não foi amplamente estudada, principalmente no que diz respeito aos aços com alto carbono equivalente. Um valor elevado do carbono equivalente somado a presença de elementos como o V e o Nb pode levar a efeitos deletérios no material se não forem tomadas precauções durante o processo de soldagem. Estudos realizados indicam que os principais problemas encontrados na soldagem de aços microligados estão relacionados ao aporte térmico empregado, o que pode afetar as características da ZTA desses metais. Dessa maneira, dependendo do ciclo térmico adotado, do valor do carbono equivalente e do tipo de elemento microligante poder-se-á ter alterações na largura, na dureza e na microestrutura da ZTA. Isso pode afetar as características desses aços quando aplicados como barras de reforço estrutural. Assim, o objetivo desse estudo é avaliar os efeitos do aporte térmico e da adição de nióbio sobre a ZTA de aços microligados ao vanádio com elevado carbono equivalente destinados a aplicação como barras estruturais. Para tanto, será realizada a refusão de barras de aços microligados ao V e NbV empregando o processo GTAW autógeno de maneira a simular soldas. Além disso, pretende-se simular diferentes ciclos térmicos de soldagem variando o aporte térmico por meio de alterações na velocidade de soldagem. Com isso, visa-se obter subsídios para se avaliar os efeitos do aporte térmico sobre a microestrutura e dureza da ZTA.