Processamento e caracterização de microesferas de alginato/vidro bioativo
alginato, vidro bioativo, microesferas, compósito, biomaterial.
Com a evolução tecnológica ocorrida e em progresso, o estilo de vida da população se torna cada vez mais intenso, com maiores riscos associados, o que leva ao aumento da necessidade de procedimentos para regeneração óssea, seja devido a lesões ou a patologias. Existem diversos procedimentos distintos para realização de tal regeneração, porém é necessário o desenvolvimento de sistemas mais eficientes e com melhores resultados. O alginato é um polissacarídeo natural, obtido a partir de algas marrons, possuindo propriedades de biocompatibilidade e biodegradabilidade, sendo amplamente aplicado na indústria farmacêutica e na medicina. Devido a sua reação com íons de cálcio, é possível a formação de hidrogéis, tornando-o insolúvel no meio fisiológico e levando ao aumento da resistência mecânica. Já o vidro bioativo é um material a base de sílica amorfa, amplamente utilizado como biomaterial devido a sua bioatividade, osteocondução, osteoindução e rápida ligação com o tecido ósseo, formando hidroxiapatita carbonatada quando em contato com fluidos corporais. Contudo esse material apresenta baixa resistência à compressão quando comparado aos tecidos ósseos, sendo necessária sua associação a polímeros biodegradáveis. Combinando o vidro bioativo com matriz de alginato pode ocorre aumento da resistência mecânica devido à presenta do polímero, mantendo as propriedades osteocondutoras do vidro bioativo. Para aplicações em pequenas regiões é necessário que o material seja moldável, assim o objetivo principal do estudo é a obtenção de microesferas do compósito alginato/vidro bioativo, analisando sua viabilidade como matriz para regeneração de tecido ósseo. As microesferas serão obtidas pela produção individual de suspensão de alginato e de solução precursora de vidro-bioativo, que serão trabalhadas em diferentes proporções e extrudadas através de uma agulha, gota a gota, em uma solução de CaCl2, buscando promover a sua reticulação. As microesferas obtidas serão caracterizadas quanto a sua morfologia, por microscopia eletrônica de varredura, e quanto a sua composição por meio de DRX, FTIR, TG e DSC, além da verificação do comportamento frente à ensaio de imersão em fluidos corporais simulados. Buscando determinar a composição das esferas que apresentem melhores resultados para aplicação como biomaterial e os melhores parâmetros sua obtenção.