Banca de DEFESA: Naira Raquel de Souza

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Naira Raquel de Souza
DATA : 29/07/2021
HORA: 13:00
LOCAL: Plataforma: Conferência Web - RNP (https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/naira-raquel-de-souza)
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE AUTO CURA DE CERÂMICAS PRODUZIDAS COM ALUMINA E CARBETO DE SILÍCIO


PALAVRAS-CHAVES:

Auto cura, alumina, carbeto de silício, agente ativador


PÁGINAS: 83
RESUMO:

Materiais de autocicatrização ou autocura são uma classe nova de materiais inteligentes com a capacidade de recuperar parcialmente ou totalmente uma funcionalidade após surgimento de um defeito. Sabe-se que as propriedades mecânicas dos materiais cerâmicos limitam sua utilização em algumas aplicações, pois estão sujeitos a fraturas frágeis. A autocura aplicada a esses tipos de materiais pode aumentar sua vida útil e ser economicamente viável, uma vez que não será necessário à sua substituição sempre que surgir um defeito. Além disso a autocura pode ser realizada in situ, diminuindo dessa forma o tempo de reparo da peça. Dentro deste contexto, esse trabalho avaliou a capacidade de autocura de um material cerâmico produzido, por prensagem uniaxial à frio, com alumina (Al2O3), carbeto de silício (SiC) e óxido de magnésio (MgO). As matérias-primas foram caracterizadas por difração de raios X, fluorescência de raios X e granulometria por difração a laser. Os corpos de prova foram produzidos variando a proporção SiC/Al2O3 (0,2; 0,3 e 0,5) e mantendo fixas as porcentagens de MgO (3% em massa) e ligante (6% em massa). Para avaliar a autocura foi gerada uma descontinuidade na superfície dos corpos de prova (após secagem e sinterização à 1400ºC) utilizando um durômetro com indentador cônico de diamante e aplicando uma carga de 20 kfg. O tempo de cura no forno, com temperatura de 1000ºC, foi de 1 minuto, 30 minutos e 1 hora. Para avaliar a eficiência da autocura os corpos de prova (sinterizados, indentados e após a cura) foram analisados em junção da absorção de água, porosidade, densidade aparente e resistência à flexão. Os resultados mostraram uma redução da retração com o aumento do teor de carbeto de silício e diminuição do teor de alumina. O aumento do teor de SiC não influenciou no valor da densidade aparente e as amostras curadas apresentaram menores valores de absorção de água. Para menores teores de SiC houve o aumento da porosidade variando o tempo de cura, podendo estar relacionado à possível ocorrência de choque térmico nas peças e à formação de trincas. Aumentando o teor de SiC é possível perceber que com a cicatrização ocorreu uma diminuição da porosidade aparente, evidenciado para as amostras contendo 20% de SiC. A partir dos resultados obtidos é possível inferir que, para a mistura contendo 15% de SiC, os corpos de prova curados a 60 minutos tiveram um aumento na resistência à flexão de 84,9% quando comparados com os corpos de prova que foram apenas indentados e, que para os corpos de prova contendo 20% de SiC, esse aumento foi de 61,1% para o tempo de 30 minutos e, que para os corpos de prova contendo 30% de SiC, esse aumento foi de 41,9% para o tempo de 1 minuto . Para o tempo de cura de 30 minutos houve a redução do tamanho da descontinuidade nos corpos de prova em cerca de 19,1%, 14,8% e 18,93% para a formulação contendo 15%, 20% e 30% de SiC, respectivamente. Os resultados obtidos são indicadores de os materiais produzidos são capazes de auto cicatrização.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - PAULO RENATO PERDIGÃO DE PAIVA
Interno - MARCELLO ROSA DUMONT
Externa ao Programa - ALINE SILVA MAGALHAES
Externa à Instituição - CAMILA SOARES FONSECA - UFLA
Notícia cadastrada em: 23/06/2021 15:18
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