Produção e caracterização de nanofibras de acetato de celulose contendo extrato de bixa orellana para potencial aplicação na Engenharia de Tecidos da carne cultivada
Fiação por jato rotativo, Eletrofiação, Carne cultivada
A cada dez segundos os humanos matam aproximadamente 24 mil animais por comida, chegando a um valor de 75 bilhões por ano. Uma tarefa que é realizada com velocidade e eficiência como nunca antes na história da humanidade. Enquanto que a população mundial mais que dobrou nos últimos 50 anos, a produção de carne para consumo mais que quadriplicou. A terra, água, alimentos e emissão de gases de efeito estufa envolvidos nesta produção estão chegando a valores assustadores. A produção de carne em laboratório (carne cultivada), uma ciência que surgiu na última década, apresenta-se como uma possível solução para os problemas envolvidos na criação de animais para o abate. Ainda jovem, este ramo da ciência ainda necessita de grande quantidade de estudo e ajuste de parâmetros para torna-se uma indústria com capacidade produtiva em um âmbito global. Um dos aspectos mais importantes para o cultivo de proteína animal em laboratório é o viés do desenvolvimento de scaffolds porosos para promoção do suporte mecânico que as células necessitam. A eletrofiação é uma das técnicas mais aplicadas para a confecção destas estruturas, porém exibe baixa taxa de produção, fato que implica diretamente no custo final do produto. Neste trabalho será estudada a fabricação de dois equipamentos inspirados na técnica de Fiação por jato rotativo (RJS), uma alternativa que se mostra promissora para superar o desafio da produção de scaffolds para suprir uma demanda global iminente. Serão confeccionadas nanofibras de acetato de celulose (Sigma Aldritch) com adição de bixa orellana (1%wt) pelas duas técnicas de fiação, dessa forma, as propriedades morfológicas, químicas, físicas, mecânicas e biológicas serão comparadas a fim de determinar as vantagens e desvantagens esboçadas pelas nanofibras produzidas.