APARATO EXPERIMENTAL PARA MEDIDAS DE CICLOS DE HISTERESE EM MATERIAIS MAGNÉTICOS
Aços elétricos, Permeabilidade magnética, Perdas magnéticas, Análise de Circuitos, Curva de Histerese, Montagem experimental, Impacto educacional
A Idade dos Metais, que ocorreu aproximadamente entre 3000 a.C e 1000 a.C, marcou o início do desenvolvimento e expansão do conhecimento sobre a fundição de metais. Durante esse período, ficou evidente que a capacidade de analisar as propriedades dos metais poderia proporcionar vantagens significativas em seu uso. Com a introdução dos aços elétricos, a humanidade adquiriu a capacidade de explorar a eletricidade em diversas aplicações ao redor do mundo. Os aços elétricos são materiais ferromagnéticos notáveis, com a capacidade de amplificar um campo magnético externo aplicado por milhares de vezes, uma característica conhecida como permeabilidade magnética. Equipamentos como o quadro de Epstein da empresa Brockhaus, embora altamente precisos, são caros e requerem que as amostras tenham um formato específico, limitando sua aplicabilidade. Em um ambiente acadêmico, onde as amostras frequentemente são pequenas e variam em formato e tamanho, surge a necessidade de desenvolver um dispositivo acessível que possa medir e analisar as características da perda por histerese magnética. O presente estudo delineia a concepção de um aparato, integrando um gerador de sinal, bobinas, circuitos RL e RLC, e lâminas de aço GNO, com o objetivo de conduzir uma análise do comportamento elétrico e magnético de um sistema com ênfase na curva de histerese magnética. Como parte integrante do processo, desenvolvemos um software web dedicado, capaz de analisar os dados do circuito e construir em tempo real a curva de histerese, adaptando-se de forma responsiva a mudanças na frequência ou em outros parâmetros do circuito elétrico. O aparato demonstrou eficácia ao gerar resultados na curva de histerese magnética, comparáveis aos obtidos por equipamentos comerciais. Além disso, possibilitou análises detalhadas da curva de indução H e magnetização B no sistema. Além disso o estudo abordou a relação entre a área, diferença de fase e tensão do circuito em relação à indução da bobina 1 e 2 do circuito, proporcionando uma compreensão mais abrangente das interações no sistema.