Uma alternativa de tratamento térmico para recuperação das propriedades magnéticas de um aço Fe-Si de grão não orientado após o corte
Aço Elétrico. Aço elétrico de Grão Não Orientado. GNO. Propriedades Magnéticas. Puncionamento. Ferramenta de corte
Com a crescente demanda mundial por energia elétrica, é de suma importância a otimização de equipamentos elétricos e a utilização de aços de melhor eficiência buscando-se um melhor aproveitamento energético e a consequente redução no consumo de energia. Diante desse cenário, aços elétricos são materiais largamente utilizados na indústria, principalmente na construção de motores e transformadores, que são os principais responsáveis pelo funcionamento dos equipamentos elétricos, devido às suas boas propriedades magnéticas. Os aços elétricos podem ser divididos em três grupos: aço ao silício de grão orientado (GO), aço silício de grão não orientado (GNO) e aço baixo carbono comum. No presente trabalho foram analisadas amostras de aço de grão não orientado (GNO) com 3,3% de silício em peso na composição. No entanto, vale ressaltar que os aços elétricos GNO apresentam perdas energéticas, ainda que em menor escala, e que suas propriedades magnéticas dependem das diferentes condições adotadas para o processamento dos mesmos. As perdas magnéticas, por sua vez, podem limitar o desempenho dos aços elétricos, portanto configuram um importante parâmetro para o controle de qualidade, e, se não controladas, podem aumentar a demanda energética e promover o desperdício de energia. Deste modo, considerando a influência do processamento mecânico sobre as propriedades magnéticas e estruturais de aços elétricos GNO, este trabalho investiga os efeitos do tratamento térmico nas perdas magnéticas e seus componentes – perda por histerese, perda por excesso e perda parasita. Para tanto, será aplicada no desenvolvimento deste projeto a análise da microestrutura das amostras de aços elétricos GNO a partir da caracterização dos aços no estado de entrega pelo fornecedor e após os corpos de prova serem submetidos ao tratamento térmico a 700, 800 e 900 graus Celsius, utilizando-se equipamentos de Microscopia Óptica, Microdurometro e Brockhaus.