Banca de DEFESA: CAROLINE DIAMANTE PINHEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAROLINE DIAMANTE PINHEIRO
DATA : 27/02/2020
HORA: 14:30
LOCAL: Sala 331 - CEFET-MG/Campus I
TÍTULO:

Apropriações do videoclipe na América Latina: como questões estéticas, político-sociais e de gênero perpassam a linguagem dos videoclipes Na Pele, So Yo e Deathless


PALAVRAS-CHAVES:

videoclipe na América Latina, corpos femininos, linguagem digital na contemporaneidade.


PÁGINAS: 103
RESUMO:

O videoclipe tem extrapolado sua função de marketing musical e vem sendo utilizado por artistas e bandas como um espaço de circulação de discursos das minorias, além de ser percebido como um ambiente propício para experimentações estéticas. Tendo essas compreensões acerca do videoclipe, é que este estudo verifica como as questões político-sociais e de gênero podem ser percebidas nos videoclipes Soy Yo, da banda Bomba Estéreo (Colômbia), Na Pele, das cantoras Elza Soares e Pitty (Brasil) e Deathless da dupla Ibeyi (Franco-cubana). As três obras possuem como pontos de convergência o fato de utilizarem mulheres como protagonistas, de possuírem cantoras/integrantes de origem latino-americana e de transformarem experiências privadas ou coletivas em linguagem videoclíptica, além dos três clipes terem suas estreias em uma mesma época (entre 2016 e 2017). Dessa forma, fez-se necessário abordar, à medida que se sentiu necessidade em cada videoclipe, a representação das latino-americanas em produções audiovisuais, bem como o papel da música e do videoclipe no imaginário dos latinos, principalmente os migrantes. Abordagem essa, possibilitada pela contribuição dos estudos da professora María Elena Cepeda. Revisou-se, ainda, a história do feminismo, contada pela professora Constância Lima Duarte, bem como de estatísticas atuais ligadas à condição das mulheres. Ivana Bentes também deu uma crucial contribuição ao apontar o uso do videoclipe como referência de debate político, dando voz às minorias. Conceitos como testemunho, memória, rememoração, utilizados sob a ótica do filósofo Paul Ricœur e Jeanne Marie Gagnebin; de arquivamento, do historiador Philippe Artières, além de conceitos de Gilles Deleuze, Félix Guatarri, e David Lapoujade e a sensibilidade de Didi-Huberman, Frédéric Gros, Magda Guadalupe dos Santos e Simone de Beavouir deram a esse estudo contribuições importantes que possibilitaram refletir sobre a linguagem do videoclipe como forma de resistência. A linguagem, pensada como possibilidade de projeção interior e percepção do outro, conforme as percepções de Ana Kiffer e Jacques Rancière, também foram levadas em consideração, bem como as diferenças da linguagem do vídeo em relação à linguagem cinematográfica apontadas por Phillippe Dubois e Arlindo Machado. Sendo assim, as urgências de cada videoclipe do corpus desta dissertação, além das ações de resistência e empoderamento, se fazem fortemente presentes, independente se os clipes possuem uma aproximação com elementos do cinema ou se aproveitam as possibilidades do digital e priorizam a experimentação estética.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - LUIZ CARLOS GONCALVES LOPES
Externa ao Programa - MARIA DO ROSARIO ALVES PEREIRA
Presidente - MIRIAN SOUSA ALVES
Interno - RONIERE SILVA MENEZES
Notícia cadastrada em: 20/02/2020 12:41
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