DESPALAVRAS DO INÚTIL: Poesia e imagem em Manoel de Barros
Silêncio. Imagem. Inútil. Poesia. Manoel de Barros.
Partindo da interpretação da produção poética de Manoel de Barros, este trabalho busca fazer uma leitura do silêncio, das imagens e do inútil na obra deste poeta. Para tal, partiremos de uma aproximação de tais elementos como uma linha de força de seus poemas. Destarte, tendo tal objetivo como impulsionador do trabalho, buscaremos analisar como os elementos mencionados se fazem presentes na obra de Manoel de Barros. A fim de que seja possível melhor contemplá-los, foram selecionados vários fragmentos da obra do referido poeta, os quais se encontram destacados ao longo do trabalho. Recorreremos, destacadamente, aos filósofos Maurice Blanchot e Roland Barthes para pensarmos sobre o silêncio e alguns conceitos que aqui se avizinham, como o nada, o vazio, a ausência e o neutro. Posteriormente, estabeleceremos um diálogo entre o filósofo Didi-Huberman e o poeta Manoel de Barros para refletir sobre imagem remontada, transitória e do poeta trapeiro. Ainda recorrendo principalmente a Didi-Huberman, mas em todo texto fazendo o movimento de convidar outros pensadores, verificaremos a presença do inútil na obra de Manoel de Barros. Portanto, a partir de uma articulação entre silêncio, imagem e inútil, abordaremos o projeto literário do poeta mato-grossense.