Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDREIA SHIRLEY TACIANA DE OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDREIA SHIRLEY TACIANA DE OLIVEIRA
DATA : 14/12/2021
HORA: 14:30
LOCAL: Plataforma Microsoft Teams
TÍTULO:

O CONCEITO DE (RE)LEITURA NA OBRA POÉTICA DE  ÁLVARO ANDRADE GARCIA


PALAVRAS-CHAVES:

Livro; Literatura digital; Leitura; Releitura; Álvaro Andrade Garcia. 


PÁGINAS: 131
RESUMO:

Atualmente, o livro passou a ser apenas um dos suportes da arte literária, um de seus horizontes possíveis, conforme nos mostra Hayles (2009). A noção de livro se expandiu e, da antiga guerrilha cultural com os meios massivos, como a televisão, a cultura digital promoveu uma adesão mais efetiva das telas como suportes para a escrita e para a leitura. A partir dessas práticas, pode-se afirmar que, de forma não muito pacífica, a literatura admitiu o trânsito entre o verbal e o não verbal, assim como no contexto das poéticas digitais a animação e o sonoro incorporam-se à linguagem criativa. Nesta tese, considerando-se as obras impressas e digitais de Álvaro Andrade Garcia, pretende-se discutir o impacto dessas escritas tecnológicas nos processos de leitura, bem como compreender de que modo o trabalho de releitura converteu-se numa estratégia criativa para o autor. Para desenvolvê-la, realizamos um estudo sobre as reconfigurações do livro e da leitura no contexto das transformações das tecnologias de comunicação impulsionadas pelo digital. Ao refletir sobre a produção poética do autor, buscamos analisar a relação entre suas obras impressas e digitais, através das quais percebemos que a releitura é uma das estratégias de composição de suas versões digitais. Nesse sentido, há um diálogo importante sobre os processos de criação, na medida em que o texto destinado ao livro impresso é apropriado e recombinado em novas tessituras textuais, constituindo-se uma forma de releitura e reescrita permanente da própria obra. A releitura é, portanto, também uma forma de traduzir os impositivos da mídia, manifestando a consciência crítica e estética das linguagens do poema. Ler, nesse contexto tecnológico, significa mais do que traduzir as percepções do mundo que o texto literário nos oferece. Significa apreender também as linguagens dessa escrita sígnica instaurada pelo digital, através do qual o leitor ou interator intui o mundo proporcionado pelo poeta. É uma leitura a contrapelo das línguas e fruir no fluxo das linguagens. Essa percepção se evidencia ao longo deste estudo em que foram ainda analisadas as questões referentes à estrutura e autoria do texto e ao uso do software Managana nos processos de remediação dos seus livros do formato impresso para o digital. Para além da leitura dos próprios textos de Álvaro Andrade Garcia, discutimos as questões dos livros e da leitura com apoio dos referenciais teóricos de Michel Melot (2012), Roger Chartier (1996, 1999, 2004, 2006, 2008, 2010), Umberto Eco (1994, 1996, 2005, 2008), Robert Scholes (1989), bem como, para delineamento do digital e das implicações semióticas da leitura, textos de Pedro Barbosa (1996, 2012), Lucia Santaella (2001), Alckmar Luiz dos Santos (2003), Rui Torres (2004), Marjorie Perloff (2013), Katherine Hayles (2009), Henry Jenkis (2013) e Bolter e Grusin (2000). A tese tem o objetivo central de discutir o processo de leitura/releitura a partir dos processos observados na própria obra de Garcia, no entanto, é possível contribuir com essa análise para uma reflexão da leitura no digital, bem como para a problematização do livro neste contexto. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ROGERIO BARBOSA DA SILVA
Interna - ANA ELISA FERREIRA RIBEIRO
Externo à Instituição - MIGUEL RETTENMAIER DA SILVA - UPF
Notícia cadastrada em: 02/12/2021 10:45
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