Banca de DEFESA: NARA BRETAS LAGE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NARA BRETAS LAGE
DATA : 20/07/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Pela plataforma RNP
TÍTULO:

ACONTECEU COMIGO: Mulheres, Narrativas de Vida e Violências nos quadrinhos de Laura Athayde


PALAVRAS-CHAVES:

Aconteceu comigo; violências; narrativas de vida; Laura Athayde; quadrinistas brasileiras.


PÁGINAS: 295
RESUMO:

No Brasil, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada sete horas uma mulher é assassinada e a cada 10 minutos uma menina ou mulher é vítima de estupro. Estes números são maiores quando observados, diz a pesquisa, a partir do viés de classe e raça. É esse histórico de violência, acredito, que aparece refletido na série de quadrinhos Aconteceu comigo, da artista brasileira Laura Athayde, objeto desta pesquisa. Na coletânea, a quadrinista, que produz HQs digitais principalmente para sites de redes sociais, propõe-se a narrar as vidas de mulheres brasileiras a partir de temas variados. Partindo da hipótese de que a artista constrói a imagem das mulheres brasileiras em sua pluralidade, preocupando-se em apresentá-las de forma que nestes quadrinhos emerjam vivências e experiências invisibilizadas e apagadas em outros contextos nacionais, acionei temáticas como narrativas de vida, artivismo digital e feminismo decolonial como lentes para olhar essas HQs. Amparada por estas ideias, realizei uma análise a partir de um viés teórico metodológico interdisciplinar, sobretudo com ênfase na semiolinguística, ainda que tenha também me respaldado em teorias como narrativas de si, comunicação, ativismo digital, feminismos e histórias em quadrinhos. Essas questões me permitiram identificar seis eixos narrativos a partir dos quais essas vidas são relatadas: misoginia, violências, preconceitos e opressões, racismo, LGBTfobia e saúde mental. A partir deles, analisei as colocações das mulheres — narradora-enunciadora-personagem — que relatam fragmentos de suas vidas em Aconteceu comigo, para entender que acionando o ethé de resistência e superação elas refutam imaginários fortemente estabelecidos no país na tentativa de controlar e cercear suas vidas. Nesse sentido, entendo que ao adotar um gesto feminista e decolonial, Laura Athayde se preocupa tanto em representar as mulheres brasileiras em sua diversidade de corpos e vivências, quanto em apresentar o histórico de vitimização e violências, em suas diversas formas, cometidas contra as mulheres no país. Com isso, ela utiliza-se de seu espaço de expressão artivista feminista no ambiente digital para se posicionar politicamente contra essas violências que marcam nossas trajetórias como mulheres brasileiras, buscando afetar e ser afetada pela publicização e narração destas experiências.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - LILIAN APARECIDA ARAO
Interno - CLAUDIO HUMBERTO LESSA
Externa ao Programa - MARIANA JAFET CESTARI
Externa à Instituição - CÍNTIA LIMA CRESCÊNCIO - UFABC
Externa à Instituição - MARIANA RAMALHO PROCÓPIO XAVIER - UFV
Externa à Instituição - ÉRIKA CRISTINA DIAS NOGUEIRA - PUCMinas
Notícia cadastrada em: 05/07/2022 14:45
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