Banca de DEFESA: ANDREIA SHIRLEY TACIANA DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDREIA SHIRLEY TACIANA DE OLIVEIRA
DATA : 23/09/2022
HORA: 14:30
LOCAL: Campus I-Nova Suíça-Sala 330
TÍTULO:

 

 O CONCEITO DE RELEITURA NA OBRA POÉTICA DE ÁLVARO ANDRADE GARCIA


PALAVRAS-CHAVES:

Livro; Literatura digital; Leitura; Releitura; Álvaro Andrade Garcia.


PÁGINAS: 263
RESUMO:

A noção de livro se expandiu e, da antiga guerrilha cultural com os meios massivos, como a televisão, a cultura digital promoveu uma adesão mais efetiva das telas como suportes para a escrita e para a leitura. A partir dessas práticas, pode-se afirmar que, de forma não muito pacífica, a literatura admitiu o trânsito entre o verbal e o não verbal, assim como no contexto das poéticas digitais a animação e o sonoro incorporam-se à linguagem criativa. Nesta tese, considerando-se as obras impressas e digitais de Álvaro Andrade Garcia, pretende-se investigar o impacto das escritas tecnológicas nos processos de leitura, bem como analisar de que modo o trabalho de releitura converteu-se numa estratégia criativa para o autor. Para desenvolvê-la, realizamos um estudo sobre as reconfigurações do livro e da leitura no contexto das transformações das tecnologias de comunicação impulsionadas pelo digital. Ao refletir sobre a produção poética do autor, buscamos analisar a relação entre suas obras impressas e digitais, através das quais percebemos que a releitura é uma das estratégias de composição de suas versões digitais. Nesse sentido, há um diálogo importante sobre os processos de criação, na medida em que o texto destinado ao livro impresso é apropriado e recombinado em novas tessituras textuais, constituindo-se uma forma de releitura e reescrita permanente da própria obra. A releitura é, portanto, também uma forma de traduzir os impositivos da mídia, manifestando a consciência crítica e estética das linguagens do poema. Ler, nesse contexto tecnológico, significa mais que traduzir as percepções do mundo que o texto literário nos oferece. Significa também apreender as linguagens dessa escrita sígnica instaurada pelo digital, através do qual o leitor ou interator intui o mundo proporcionado pelo poeta. É uma leitura a contrapelo das línguas e fruir no fluxo das linguagens. Essa percepção se evidencia ao longo deste estudo em que foram ainda analisadas as questões referentes à estrutura e autoria do texto e ao uso do software Managana nos processos de remediação dos seus livros do formato impresso para o digital. Para além da leitura dos próprios textos de Álvaro Andrade Garcia, discutimos as questões dos livros e da leitura com apoio dos referenciais teóricos de Michel Melot (2012), Robert Scholes (1989), Roger Chartier (1996, 1999, 2004, 2006, 2008, 2010) e Umberto Eco (1994, 1996, 2005, 2008), bem como, para delineamento do digital e das implicações semióticas da leitura, textos de Alckmar Luiz dos Santos (2003), Bolter e Grusin (2000), Henry Jenkis (2013), Katherine Hayles (2006, 2009), Lucia Santaella (2001, 2007, 2010, 2012), Marjorie Perloff (2006, 2013), Pedro Barbosa (1996) e Rui Torres (2004, 2013). A tese tem o objetivo central de discutir o processo de leitura/releitura a partir dos processos observados na própria obra de Garcia, no entanto, é possível contribuir com essa análise para uma reflexão sobre a leitura no digital, bem como para a problematização do livro neste contexto.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ROGERIO BARBOSA DA SILVA
Interna - ANA ELISA FERREIRA RIBEIRO
Interno - WAGNER JOSE MOREIRA
Externa à Instituição - REJANE CRISTINA ROCHA - UFSCAR
Externo à Instituição - MIGUEL RETTENMAIER DA SILVA - UPF
Notícia cadastrada em: 16/09/2022 09:26
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