Autômatos Celulares Aplicados à Dinâmica de Doação Emparelhada de Rins.
Doação emparelhada de rim. Autômatos Celulares. Dinâmica.
Embora o transplante seja o melhor tratamento para o doente renal crônico, há um desequilíbrio constante entre a doação de rim para a realização de transplante e o número de doentes renais na fase terminal, segundo Organ Procurement and Transplantation Network. Em 2017, o número total estimado de pacientes com doença renal crônica no Brasil foi de 122.825 contrapondo a apenas 5.905 transplantes renais bem sucedidos. Para estender o acesso ao transplante e melhorar a sobrevivência, com qualidade de vida, do paciente, este trabalho visa desenvolver um modelo dinâmico de natureza probabilística de doação emparelhada de rim. Esse tipo de doação pretende realizar o transplante entre dois pares, onde cada par é composto por um doador e um receptor. A ideia reside em solucionar a incompatibilidade e/ou a baixa compatibilidade envolvida em um par trocando-se o doador de pares distintos. Através de simulações computacionais, usamos uma dinâmica de redes aleatórias para representar os pares doador-receptor e autômatos celulares com regras probabilística para retratar a propagação de transplantes entre os pares. Envolvemos o tempo, para representar a duração de uma dinâmica, e o grau de altruísmo, que quantifica a disponibilidade de um doador doar seu rim, como parâmetros de controle da dinâmica. Finalizamos a análise do modelo com discussões sobre gráficos como espaço de fases, transição de fases e diagrama de fases.