Projeto Pedagógico do Curso

segundo o Art. 4º da Resolução nº 2, de 17 de Junho de 2010 do MEC, que Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, são: a sólida formação generalista, aptidão de compreender e traduzir as necessidades de indivíduos, grupos sociais e comunidade, em relação à concepção, organização e construção do espaço interior e exterior, abrangendo o urbanismo, a edificação e o paisagismo, a conservação e a valorização do patrimônio construído, a proteção do equilíbrio do ambiente natural e a utilização racional dos recursos disponíveis.
De acordo com a Lei n° 12.378/10 e na resolução nº 51/13 do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, o egresso deverá ainda ser apto para a concepção, planejamento e execução de projetos arquitetônicos e urbanísticos para edifícios e interiores; paisagismo; monumentos e patrimônio; planejamento territorial local, urbano e regional; e no estudo de tecnologia e conforto ambiental das edificações e do meio ambiente. Na atividade, elabora estudo de viabilidade técnica e ambiental, planejamento, projeto, especificação e orçamento; emite vistoria, perícia, avaliação, laudo e parecer técnico; realiza treinamento, ensino e pesquisa universitária; responde por ensaio, padronização e controle de qualidade; atua no desempenho de cargo e função técnica, na direção, assessoria e consultoria de obra e serviço técnico; faz a coordenação, gestão e orientação técnica de equipes de trabalho e acompanha a execução, fiscalização e condução de obra e serviço técnico.

O profissional estará capacitado não apenas a propor soluções para problemas já conhecidos, mas também será capaz de identificar novas questões, investigá-las e elaborar propostas projetuais que as resolvam, ou contribuam para resolvê-las, nos seguintes campos de atuação:
(a) Arquitetura de Edifícios e de Interiores, na concepção, planejamento e execução;
(b) Arquitetura Paisagística, na concepção, planejamento e execução de projetos para espaços externos, livres e abertos, privados ou públicos;
(c) Conforto Ambiental, no estudo e desenvolvimento das técnicas referentes ao estabelecimento de condições climáticas, acústicas, lumínicas e ergonômicas para a concepção, organização e construção dos espaços;
(d) Meio Ambiente, no estudo e avaliação dos impactos ambientais; na elaboração de licenciamento ambiental; no estudo das técnicas para o desenvolvimento sustentável;
(e) Patrimônio Histórico-cultural e Artístico, Arquitetônico, Urbanístico, Paisagístico, na concepção, planejamento e execução de projetos de monumentos e em práticas de projeto e soluções tecnológicas para restauro reutilização, reabilitação, reconstrução, preservação, conservação e valorização de edificações, conjuntos e cidades;
(f) Planejamento Urbano e Regional, na concepção, planejamento e execução de projetos de intervenção no espaço físico territorial urbano, metropolitano e regional fundamentados nos sistemas de infraestrutura urbana; no estudo e execução de projetos de parcelamento do solo, loteamento, desmembramento e remembramento, arruamento; na elaboração de plano diretor, traçado de cidades, desenho urbano, sistema viário, trafego e trânsito urbano e rural; na gestão territorial e ambiental, inventário urbano e regional, assentamentos humanos e requalificação em áreas urbanas e rurais;
(g) Tecnologia das Edificações, no estudo e desenvolvimento de aplicação tecnológica dos materiais, elementos e produtos de construção; no estudo e avaliação de patologias e recuperações; na concepção e execução de projetos de sistemas construtivos e estruturais; e na concepção e execução de projetos de sistemas prediais de instalações e equipamentos.
Além destas competências o profissional ainda estará apto a prestar serviços como profissional liberal ou na direção e empresas públicas ou privadas que desenvolveram trabalhos na área da construção civil, patrimônio histórico e urbanismo (no planejamento estratégico, tático e operacional urbano e na elaboração do plano diretor de cidades), como também atividades de fiscalização e controle. Sempre desenvolvendo a compreensão da dimensão humana e cidadã. Destacando como competências:
• compreensão dos problemas administrativos, econômicos, sociais e do meio ambiente;
• conhecimento da legislação pertinente;
• expressão por meios de figuras e icônicos;
• planejamento, supervisão, elaboração e coordenação de projetos de arquitetura e urbanismo;
• potencialização de processos de aprendizagem;
• trabalho em equipe multidisciplinar;
• utilização da informática aplicada a processos produtivos;
• visão sistêmica. Leitura e interpretação de representações simbólicas.

A metodologia de ensino adotada deverá seguir o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) do CEFET-MG, orientando-se pelos pressupostos básicos de ordem filosófica e pedagógica, além dos aspectos da organização didático-pedagógica.
No curso de Arquitetura e Urbanismo do CEFET-MG, o ensino não deve ser focado apenas na figura do professor, mas outras formas de ensino e aprendizado devem ser consideradas, buscando um aprendizado baseado em experimentações de situações reais, fazendo parte disso as atividades de extensão e os estágios.
As disciplinas utilizam-se de aulas expositivas para introdução de conceitos, pesquisas individuais e coletivas orientadas, seminários para discussão de ideias e apresentação de trabalhos, palestras com professores de outras escolas, estudos de casos (principalmente arquitetura e urbanismo contemporâneos), visitas a campo, exposição de filmes pertinentes, orientações individuais e coletivas, presença de convidados externos (prefeituras, empresas, comunidades, etc.), além do desenvolvimento do trabalho prático em si. Acrescentamos a isso as atividades de extensão aumentando a relação escola-comunidade.
Na concepção das estratégias de ensino do curso, também existe um forte objetivo em conectar teoria e prática, conforme idealizado nas diretrizes curriculares nacionais. Vê-se, portanto, muitas disciplinas práticas se embasando em conteúdos teóricos, nas quais os alunos desenvolvem leituras e praticam a escrita de textos analíticos e críticos com relação a algumas questões conceituais. Nas disciplinas teóricas há uma tendência em desenvolver trabalhos práticos, que revelem ao aluno a necessidade de desenvolver criativamente diversas questões teóricas, históricas e conceituais.
Dessa forma consideram-se, como estratégia para desenvolvimento do projeto pedagógico do curso e, em consonância com as concepções, princípios e fundamentos aqui propostos e com o PPI, quatro momentos e formas de aprendizado: aprendendo com o professor, onde aulas expositivas, palestras, ou aulas dialogadas que podem ser muito úteis como um intrigante momento de encontro do aluno com o conhecimento; aprendendo com o outro, no qual o aprendizado acontece na forma de debates e troca de conhecimento entre a comunidade da escola (papel importante das atividades de extensão) fomentado pela Instituição, desperta o senso crítico e desperta a liberdade de expressão e ideias; aprendendo fazendo, a partir das atividades práticas, consolidação do aprendizado e desenvolvimento de habilidades, não somente na aplicação do conhecimento, mas também na sua descoberta e construção, cabe à instituição propor a situação problema, oferecendo meios e orientação para a busca de seu entendimento e das soluções possíveis; aprendendo com a pesquisa, momento em que o aluno será levado a fazer suas próprias associações, momento de leitura e de descobertas individuais. Através do incentivo à pesquisa e orientações, a instituição tem o papel de fomentadora.
Para tal, o Curso de Arquitetura e Urbanismo do CEFET-MG se fundamenta em alguns pressupostos a respeito do processo de aprendizado:
• o melhor ambiente para o aprendizado e crescimento é aquele que garante liberdade para as pessoas escolherem seus próprios caminhos e desafios, num ambiente intelectualmente rico e estimulante;
• o aprendizado não acontece alienado da realidade cotidiana, mas só se constrói quando experimentado em situações concretas de vida;
• atividades de extensão tem a possibilidade de integrar a comunidade com a escola, além de proporcionar ao aluno o contato com a realidade da região.
Destacamos que toda a estruturação curricular do curso parte do princípio da integração horizontal das disciplinas por período, tendo como elemento estruturante as disciplinas de Laboratório de Projeto.
O ensino, a partir do Laboratório de Projeto, integra métodos de trabalho numa “reflexão em ação”, nos quais os alunos aprendem a tomar decisões em meio a situações de complexidade, incerteza, singularidade e conflito. Como essas decisões são tomadas em bases estéticas e não puramente técnicas, reflexão e crítica são fundamentais. Desta maneira, o Laboratório de Projeto não é tomado como o lugar no qual deságuam conhecimentos adquiridos isoladamente, mas como indutor de um aprendizado integrado.
Assim, existe um acompanhamento individual nos Laboratórios de Projetos, no qual os trabalhos são orientados em particular pelo(s) professor(es). Há um forte incentivo para a criação e solução de problemas com base na realidade local, assim com a proposição de trabalhos integrados entre as disciplinas do período. Nas outras disciplinas, os trabalhos práticos poderão ser avaliados individualmente ou em grupo, dependendo do exercício proposto e sua finalidade.
O presente Projeto Pedagógico do Curso apresenta uma visão filosófica e uma concepção pedagógica que têm como referência:
• possibilitar e incentivar a integração interdisciplinar de modo a favorecer o diálogo entre os docentes e a construção de propostas conjuntas;
• viabilizar a flexibilidade na oferta curricular visando atender às demandas de atualização constantes de ementas e planos de ensino;
• ampliar a diversidade de opções para os estudantes possibilitando, dentro de amplos limites, liberdade para planejar seu próprio percurso e opção quanto às disciplinas e atividades a serem realizadas na etapa de finalização de seu curso, em função da especialidade profissional que ele escolher;
• possibilitar uma integração, efetiva e consistente, da graduação com a pós-graduação e com a pesquisa científica e tecnológica.

Autoavaliação institucional e avaliação do curso
O monitoramento do curso deverá ser acompanhado pelo Colegiado e Núcleo Docente Estruturante (NDE), com o uso de informações provenientes de:
• avaliação do curso, das disciplinas, dos docentes, da coordenação e da infraestrutura pelos alunos;
• autoavaliação dos alunos;
• acompanhamento dos alunos egressos no mercado de trabalho;

identificação de eventuais dificuldades encontradas pelos alunos em disciplinas dentro dos eixos de conhecimento, levantadas pelos professores e coordenadores de eixo.
Os resultados e informações levantadas serão discutidos no Colegiado do Curso para identificação de eventuais medidas de melhoria. Outros aspectos importantes para o acompanhamento e avaliação do Projeto Pedagógico do Curso de Arquitetura e Urbanismo são destacados a seguir:
• focar a autoavaliação interna do curso, abrangendo avaliação da estrutura, do currículo e das práticas pedagógicas, dos docentes e dos discentes visando a correção de rumos e a possibilidade de melhoria e avanços a partir do debate entre os sujeitos do processo educativo;
• considerar propostas de nivelamento dos ingressantes e monitorar o aluno desde o processo seletivo, particularmente nos primeiros períodos, de forma a contribuir para o desenvolvimento de habilidades básicas necessárias ao estudante de ensino superior de engenharia;
• estabelecer parâmetros e instrumentos de avaliação da aprendizagem do aluno;
• estabelecer procedimentos de acompanhamento das disciplinas, alunos e professores que permitam a implementação de mecanismos de recuperação dos alunos e revisão dos processos de ensino-aprendizagem, com base na avaliação dos semestres anteriores;
• definir orientação metodológica e ações pedagógicas por meio de atividades de educação continuada como cursos, oficinas, seminários interdisciplinares. Tais ações devem buscar atender às necessidades dos docentes e técnicos-administrativos envolvidos com o curso no que se refere à elaboração de instrumentos de avaliação, planejamento de atividades avaliação, estratégias dinamização da sala de aula, além de técnicas de ensino, projetos e tutoria;
• planejar a realização sistemática e periódica de eventos como semana da engenharia, feiras, mostras de trabalhos de alunos e seminários temáticos

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