Projeto Pedagógico do Curso

O Engenheiro Civil é um profissional de nível superior, com formação e
capacitação que o habilitam a atuar no projeto e na execução de obras civis, nas etapas
de planejamento, de concepção, de projeto e de implantação, visando a integração dos
fatores técnica, melhoria de produtividade, qualidade do produto e otimização do
processo.

Planejar, projetar, aplicar e coordenar todas as etapas de obras e processos da
Engenharia Civil, com eficiência e eficácia.
Supervisionar e gerenciar obras e serviços técnicos de construção civil, buscando
a otimização de desempenho, recursos e custos em todas as suas fases, até a entrega
final da obra.
Calcular e projetar obras de infraestrutura e de edificações seguras, otimizadas e
viáveis, técnica e economicamente, obedecendo as normas vigentes específicas.
Realizar e exercer atividades de ensino, de pesquisa e de extensão, contemplando
os conteúdos do campo de conhecimento específico da Engenharia Civil, para as quais
tenha cursado componentes curriculares específicos.
Planejar e realizar ensaios, controles de qualidade e padronização de
procedimentos, analisar resultados e elaborar relatórios técnicos de avaliação dessas
ações, de acordo com a metodologia científica, obedecendo normas e legislações
específicas e de segurança.
Realizar vistorias, consultorias e perícias, elaborar laudos e fazer avaliações de
obras civis, em conformidade com os critérios específicos dos órgãos competentes.
Dirigir indústrias e gerir negócios relacionados à Engenharia Civil e liderar equipes,
considerando os aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais,
de segurança e saúde do trabalho, de forma responsável, inovadora e empreendedora.
Compreender, solucionar e operacionalizar, de forma teórica, experimental e/ou
computacional, os problemas no âmbito da Engenharia Civil, por meio de métodos
analíticos, algébricos, numéricos e geométricos.
Exercitar e desenvolver sua capacidade de tomar decisões baseadas em análise
crítica das situações, respeitando os direitos humanos, a legislação trabalhista e a
diversidade, promovendo a inclusão e a equidade

A metodologia de ensino, em uma perspectiva crítica, pode ser caracterizada
como um “conjunto de princípios ou diretrizes sociopolíticos, epistemológicos e
psicopedagógicos” que orientam estratégias para sua concretização no ensino
(MANFREDI, 1993, p. 5). Ou, conforme Libâneo (2004), trata-se de um caminho adotado
didaticamente com o fito de atingir os fins estabelecidos. Em vista dessas definições,
neste Projeto, por metodologia de ensino compreende-se o conjunto de orientações e 

procedimentos concebidos no âmbito curricular para informar “como” colocar em prática
o currículo projetado para o curso.
Os pressupostos que orientam a proposta e a prática curricular do curso de
Engenharia Civil, alinhados aos princípios norteadores do CEFET-MG e em consonância
com sua história, passam por quatro dimensões básicas, que envolvem: a concepção de
conhecimento e sua forma de aplicação e validação; a visão sobre o ser humano com o
qual se relaciona e que se pretende formar; os valores que são construídos e
reconstruídos no processo educacional; e os fins aos quais o processo educacional se
propõe. Frente a essas dimensões, no CEFET-MG, os docentes são incentivados a
desenvolver cada vez mais o espírito crítico e criativo dos discentes. Alinhado com o
princípio de que a graduação deve ser estruturada em três pilares - ensino, pesquisa e
extensão - o aluno é estimulado a agir interativamente, a formar parcerias e a trabalhar
em equipes, de modo a desenvolver competências diversas e a trabalhar com
tecnologias modernas.
Para isso, a metodologia de ensino utilizada no curso envolve aulas teóricas,
aulas práticas em laboratórios especializados, atividades complementares, disciplinas de
orientação de projetos integradores, atividades de Projeto Final de Curso, visitas técnicas,
monitoria em disciplinas, iniciação científica e tecnológica, atividades de extensão
comunitária, apoio técnico a laboratórios, atividades desenvolvidas em Empresa Júnior,
participação em projetos de pesquisa e produção científica, participação em seminários,
entre outras atividades curriculares e de prática profissional. Essas atividades visam
associar o conhecimento desenvolvido em sala de aula à experiência prática vivenciada
nos laboratórios, bem como no ambiente profissional.
Adicionalmente, com relação às metodologias de ensino e aprendizagem,
será incentivado o uso de metodologias ativas, uma vez que as Novas Diretrizes
Curriculares Nacionais publicadas na Resolução CNE/CES nº 2 de 24 de abril de 2019
está pautado na indicação dessas, como procedimento metodológico e como forma de
promover uma educação mais centrada no aluno.
As atividades de laboratório são extremamente importantes, tanto para o
desenvolvimento das competências gerais quanto das específicas, e serão
desenvolvidas a partir do 1º período do curso de Engenharia Civil. Disciplinas de
informática, química, física, projeto arquitetônico, geologia, topografia, materiais de
construção, tecnologia das construções, mecânica dos solos, instalações prediais e
hidráulicas terão enfoque e intensidade compatíveis com o caráter prático exigido para cada disciplina em questão. Visitas técnicas em obras correntes de Engenharia também são importantes e acontecerão com objetivo de aproximar a teoria da prática vivenciada pelo Engenheiro Civil.

O monitoramento do curso deverá ser realizado pelo Colegiado do Curso e
pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE), com o uso de informações provenientes de:
avaliação do curso, das disciplinas, dos docentes, da coordenação e da infra-
estrutura pelos alunos;
 acompanhamento dos alunos egressos no mercado de trabalho;
identificação de eventuais dificuldades encontradas pelos alunos em discipli-
nas, dentro dos Eixos de conhecimento, apontadas pelos professores e pelos
coordenadores de Eixo.
As informações obtidas serão discutidas no Colegiado do Curso, com o fito
de identificar, propor e implementar eventuais medidas de melhoria.
Ademais, acresce-se aos itens anteriores outros aspectos importantes que
serão considerados para o acompanhamento e a avaliação do Projeto Pedagógico do
Curso de Engenharia Civil, a saber:
focar a autoavaliação interna do curso, abrangendo avaliação da estrutura, do
currículo e das práticas pedagógicas, dos docentes e dos discentes, visando a
correção de rumos e a possibilidade de melhorias e de avanços a partir do
debate entre os sujeitos do processo educativo;
considerar propostas de nivelamento dos ingressantes e monitorar os alunos
desde o processo seletivo, particularmente, nos primeiros períodos, de forma a
contribuir para o desenvolvimento de habilidades básicas necessárias ao estu-
dante de ensino superior de engenharia; 

estabelecer parâmetros e instrumentos de avaliação da aprendizagem do
aluno;
 estabelecer procedimentos de acompanhamento das disciplinas, por meio, por
exemplo, da implementação de mecanismos de recuperação dos alunos e de
revisão dos processos de ensino-aprendizagem, com base na avaliação dos
semestres anteriores;
 definir a orientação metodológica e as ações pedagógicas a serem implemen-
tadas, por meio de atividades de educação continuada, como cursos, oficinas,
seminários interdisciplinares etc. Tais ações devem buscar atender às necessi-
dades dos docentes e dos técnicos-administrativos envolvidos com o curso no
que se refere à elaboração de: instrumentos de avaliação, planejamento de
atividades avaliação, estratégias dinamização da sala de aula, além de técnicas
de ensino, projetos e tutoria;
 planejar a realização sistemática e periódica de eventos, como semana da en-
genharia, feiras, mostras de trabalhos de alunos e seminários temáticos, com
o objetivo de fornecer uma aprendizagem significativa e de incentivar a atuação
dos discentes, tendo em vista as práticas de ensino, na pesquisa e na exten-
são.
A avaliação das instituições de educação superior é composta de duas moda-
lidades:
- Avaliação Externa, como ENADE ou avaliação in loco, realizadas pelo Insti-
tuto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), segundo diretrizes esta-
belecidas pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES);
- Avaliação Interna, coordenada pela Comissão Permanente de Avaliação
(CPA) do CEFET-MG que tem como função principal coordenar os processos de au-
toavaliação institucional. No CEFET-MG, a CPA, instituída pela Portaria DIR n°452 de
23 de junho de 2009 (CEFET-MG, 2009c), atende aos termos do artigo 11 da Lei nº
10.861, de 14 de abril de 2004 (BRASIL, 2004b), sendo constituída por 11 (onze)
membros. A CPA realizará, anualmente, levantamentos com o intuito de conhecer objeti-
vos e as demandas dos docentes, discentes e técnicos, visando o aperfeiçoamento
contínuo do curso. As avaliações externas, principalmente os indicadores do ENADE e a avaliação do curso pelo MEC, servirão como parâmetros para análise da qualidade do curso e para as tomadas de decisões objetivando a excelência do curso ofertado.

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