Contribuições freirianas para a curricularização da extensão como comunicação no CEFET-MG
Educação Profissional e Tecnológica; Curricularização da Extensão; Paulo Freire.
A extensão traz na sua essência uma preocupação em manter um vínculo com a sociedade. No momento em que a política pública propõe a obrigatoriedade de inserir 10% das ações extensionistas nos currículos dos cursos de graduação das instituições superiores, emergem espaços para debater acerca das concepções das práticas extensionistas até então vigentes; estariam elas a serviço de um assistencialismo, de um mercantilismo ou alinhadas às demandas da sociedade? Paulo Freire propõe refletir sobre tais ações, cunhando o termo comunicação como troca de saberes entre os sujeitos, ao ecoar para fora dos muros escolares o que lá se faz e trazer para dentro os outros saberes populares. Nosso objetivo é, por meio de investigação, avaliar o conhecimento e o engajamento dos docentes do CEFETMG, que atuam na Educação Profissional Tecnológica (EPT), sobre a extensão, a partir de sua concepção como comunicação e da proposta de educação popular freiriana. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativa, usando como técnica de coleta de dados a entrevista semiestruturada em profundidade. A análise delas será feita com base nas premissas da Análise de Conteúdo por temáticas de Bardin, que serão definidas depois de feitas as entrevistas, e a partir do seu roteiro previamente elaborado. Esta pesquisa pretende contribuir para o debate sobre o tema da curricularização da extensão no âmbito do CEFET-MG a partir da pesquisa e da construção de um almanaque como produto educacional, cujo intuito é inspirar os sujeitos diversos na produção de projetos pertinentes numa concepção freiriana.