DEFORMAÇÃO ASSOCIADA À INTRUSÃO ALCALINO-CARBONATITICA DE TAPIRA, MINAS GERAIS
Deformação, Complexo Alcalino-carbonatítico de Tapira, intrusão ígnea, domo estrutural
O Complexo Alcalino-Carbonatítico de Tapira é uma intrusão dômica, com forma elíptica em superfície, de aproximadamente 6,5km de diâmetro e 35km² de área, decorrente da amalgamação de duas intrusões de magma ultrabásico, cinco de carbonatito e uma de sienito, ocorrendo encaixado em quartzitos e xistos pré-cambrianos do Grupo Canastra. Situado a 35km à sudoeste de Araxá, o complexo de Tapira tem grande relevância econômica pois aloja a maior mineração de rocha fosfática do Brasil, possuindo também jazidas residuais sem atual aproveitamento econômico de nióbio, titânio e terras raras, que estão localizadas no manto do intemperismo. Tal complexo é resultado de um evento magmático regionalque deu origem a um conjunto de estruturas intrusivas circulares alinhadas por mais de 1000km na direção NW-SE e derrames e piroclásticas de filiação kamafugítica, conhecido como Província Ígnea do Alto Paranaíba (APIP). As feições estruturais reconhecidas no entorno do complexo evidenciam que a atitude espacial da foliação principal das rochas encaixantes, e de origem Neoproterozóica, foi modificada pelo processo de intrusão, onde observa-se mergulhos de baixo ângulo até mergulhos íngremes, com padrãoões anelar em torno do domo. O mapeamento estrutural de detalhe permitirá conhecer os efeitos deformacionais provocados pelo processo de ascensão ígnea da intrusão dômica originária do complexo. Compreender o quadro estrutural das litologias da região poderá ser subsídio para trabalhos futuros de estudos do comportamento hidrogeológico dos aquíferos fissurados da região, bem como para o planejamento de lavra, construções de barragens e outras estruturas apoiadas sobre o maciço rochoso, em especial às construídas pela empresa mineradora de fertilizantes, atual MOSAIC.