Banca de QUALIFICAÇÃO: THIAGO MOURA DE QUEIROZ E OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : THIAGO MOURA DE QUEIROZ E OLIVEIRA
DATA : 05/07/2023
HORA: 18:00
LOCAL: Araxá - MG
TÍTULO:

Empilhamento de Rejeitos de Lamas Fosfáticas Desaguadas: Caracterização, Modelagem Numérica e Critérios de Projetos

PALAVRAS-CHAVES:

Mineração; Pilhas; Filtragem; Rejeitos; Lamas.

PÁGINAS: 55
RESUMO:

Diante de um cenário onde as operações mineiras vem sendo cada vez mais cobradas para estarem alinhadas a princípios de operações sustentáveis, transparentes com as comunidades e seguras, os rejeitos gerados, seja em sua forma de disposição ou aproveitamento se tornaram um dos atores principais para implantação e atingimento de metas destas práticas, das quais podemos destacar o ESG (enviromental, social and governance) e as ODS (objetivos de desenvolvimento sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas) onde estudos e implantações de novas tecnologias de disposição ou reaproveitamento de rejeitos estão em evidência. Atrelado a este arcabouço, as jazidas minerais tendem a serem lavradas com teores cada vez mais baixos, o que somado à crescente demanda mundial por produtos minerários, tenderá a gerar cada vez mais rejeitos. Ademais, em função dos últimos acidentes de barragens de rejeitos tivemos a ascenção mundial de guias com o intuito na padronização da gestão de estruturas de disposição de rejeitos das quais podemos citar o GISTM com a missão de zero fatalidades à população com estruturas de disposição de rejeitos e de dar diretrizes e critérios para o comportamento da estrutura de disposição de rejeito durante todas as fases de sua vida útil. Não obstante, também ocorreram diversas alterações nas legislações brasileiras, que tornaram mais restritivas as exigências para obtenção de licenças para operar novas barragens de rejeitos além do clamor público contra este tipo de estrutura. Desta forma, uma das alternativas mais promissoras com o intuito de substituir a operação com barragens de rejeitos são as Pilhas de Rejeitos. Este tipo de estrutura só é possível devido a avanços tecnológicos de filtragem com a retirada parcial da água, de forma a possibilitar o empilhamento deste material. Todavia, o atingimento de 100% da produção de rejeitos para ser desaguada e empilhada muitas vezes ainda requer estudos e desafios pois a parcela mais fina do rejeito, intitulada de lamas apresenta maior dificuldade de filtragem e consequente retirada de água. A depender da partição e balanço de massa dos tipos e volumes de rejeitos gerados, pode ser necessário a mistura da fração mais grossa do rejeito com o rejeito de lamas para melhorar as taxas de filtragem e reduzir também o valor de umidade ótima, um dos parâmetros que perfazem o controle tecnológico deste tipo de estrutura. Outrossim, por se tratarem de estruturas novas e geralmente nunca antes operada, não existem legislações específicas ao tema, tampouco histórico de operações durante décadas como temos em barragens. Assim, estabelecer critérios de projetos satisfatórios, ensaios de caracterização e testes semi-industriais, se tornam etapas essenciais para garantia da segurança, construtibilidade, operação e fechamento das pilhas de rejeitos. Assim, este trabalho visa estudar e discutir critérios de projetos para implantação de pilhas de rejeitos em trabalhos disponíveis na literatura, discutindo obrigações legais ou de normas técnicas vigentes, se existentes, para realizar um modelamento numérico com avaliação de estabilidade por meio de métodos de equilíbrio-limite através de ensaios de laboratório e testes de bancada, realizados por uma mineradora de fosfato que deseja avaliar a implantação da operação utilizando filtragem para a parcela de lamas de seu rejeito gerado. 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - THIAGO BOMJARDIM PORTO
Interna - MICHELLY DOS SANTOS OLIVEIRA
Externo à Instituição - SAULO GUTEMBERG SILVA RIBEIRO - PUCMinas