POR UM CINEMA IMPURO: A VIOLÊNCIA E O TRÁGICO EM AS VINHAS DA IRA E ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ
Cinema; Literatura; Filosofia; Capitalismo.
Esta tese tem como objetivo estudar a adaptação criativa dos filmes As vinhas da ira (1940), de John Ford, e Onde os fracos não têm vez (2007), de Ethan e Joel Coen, respectivamente baseados nos textos As vinhas da ira (1939), de John Steinbeck, e Onde os velhos não têm vez (2005), de Cormac McCarthy. Isto se dará pelo viés de conceitos como “cinema impuro”, de André Bazin, e “criação”, de Gilles Deleuze, assim como outros conceitos trabalhados pelo filósofo Friedrich Nietzsche, por Deleuze (em sua parceria com Félix Guattari), por Roland Barthes e Umberto Eco. O intuito será pensar essas obras cinematográficas através de um olhar que observe os filmes como criações que se amparam no material literário no qual se inspiraram, mas que se tornam independentes dentro de outra arte, no caso, o cinema. Estes filmes, assim, ganham outras camadas de sentidos em suas significações alegóricas ao pensarem, violentado o pensamento de seu espectador, o mundo violento do capital.