Banca de DEFESA: THAYANE MORAIS SILVA DE ALMEIDA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : THAYANE MORAIS SILVA DE ALMEIDA
DATA : 12/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: VIRTUAL
TÍTULO:

Os movimentos aberrantes nos contos de Guimarães Rosa


PALAVRAS-CHAVES:

Guimarães Rosa; Linguagens; Literatura; Ensino; Deleuze & Guattari.


PÁGINAS: 143
RESUMO:

A recente corrente de pensamento socionteracionaista revoga o ensino de Linguagens, Códigos e suas tecnologias como uma questão real, e pouco ideal. Os sujeitos que aprendem passam então a ser vistos como seres sociais e culturais, em constante interação com as tecnologias digitais da informação. As teorias pós-modernas, como a filosofia de Deleuze e Guattari, com o viés desconstrutivista corroboram justamente o papel de uma educação interdisciplinar, social, cultural e interacionista –pois se afastam de uma postura idealista de ensino e de aprendizagem, postura que não tem mais lugar em um contexto plotado pela globalização e pela tecnologia da informação –advento que cada vez mais desfaz barreiras geográficas e, até mesmo, sociais. Assim é que a filosofia de Deleuze e Guattari tem trazido uma reflexão necessária e inadiável à educação, ao ensino e às linguagens. A nova realidade de ensino que se impõe traz consigo a necessidade de repensar o modo como analisamos a língua e suas manifestações artístico-culturais, cada vez mais longe de serem acomodadas em moldes sólidos de conteúdos curriculares. Se foi possível materializar essa leitura em uma tese de doutoramento é porque a acomodação dos textos literários em linhas do tempo e escolas literárias são erros pedagógicos que reduzem a potência dos textos literários e reduzem ao mínimo a colaboração da literatura com a reflexão sobre o uso da língua –algo que deveria ser primordial no ensino de literatura. Se a literatura de Rosa se conjuga tão bem com a Filosofia, desde quando pesquisadores se propuseram a estabelecer relações entre a escritura roseana e a metafísica, é preciso agora dar continuidade ao cientificismo que essas contribuições geraram, atualizando tais relações de acordo com propostas pedagógicas mais inovadoras. Acredita-se que o trabalho com o texto literário deve, ainda, promover o multiletramento e a multimodalidade, já que a tecnologia está impregnada nos processos discursivos. Nesta tese, corroboramos a leitura imanente, buscando sempre desconstruir e reconstruir as velhas dicotomias metafísicas que por muito tempo sustentaram as pesquisas científicas sobre a obra de Guimarães Rosa. Ademais, centramo-nos na tarefa de repensar o regionalismo roseano, buscando tecer uma nova colaboração para esse tema. Focamo-nos ainda na análise linguística dos neologismos e das inversões sintáticas como formas de criação artístico-literária que dessem conta da abordagem variacionista no contexto da literatura. Finalmente, adentramos a tecnologia do cinema, ressaltando o papel do cinema como a Sétima Arte que popularizou a literatura através das adaptações fílmicas. O cinema é uma linguagem que reproduz movimentos, sons e imagens. A adaptação fílmica materializa a crítica literária. Ela não é o texto literário, mas é a leitura do texto mediada pela tecnologia cinematográfica e pela dramatização dos autores; a linguagem do cinema potencializa a linguagem do texto literário, corroborando a multimodalidade e o multiletratmento. Nesse sentido, preconizamos a adaptação fílmica como um instrumento pedagógico complementar ao ensino de literatura.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - ELAINE AMELIA MARTINS
Externo à Instituição - GUILHERME ZUBARAN DE AZEVEDO
Presidente - JOAO BATISTA SANTIAGO SOBRINHO
Externo à Instituição - JOSUE BORGES DE ARAUJO GODINHO - UEMG
Interno - WAGNER JOSE MOREIRA

Notícia cadastrada em: 06/12/2022 16:26
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