Banca de DEFESA: LETICIA SANTANA GOMES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LETICIA SANTANA GOMES
DATA : 20/12/2022
HORA: 13:00
LOCAL: Sala 330 - Campus Nova Suíça CEFET-MG
TÍTULO:

MULHERES-EDITORAS-INDEPENDENTES E AS EDIÇÕES DE SI


PALAVRAS-CHAVES:

Mulheres-editoras-independentes. Edição de si. Entrevista. Catálogo editorial.


PÁGINAS: 398
RESUMO:

Na presente tese, adotamos uma perspectiva discursiva na análise de i) entrevistas semiestruturadas de três mulheres-editoras-independentes: Constanza Brunet (Argentina), Isabelle Pivert (França) e Ivana Jinkings (Brasil) e de ii) três catálogos editoriais das editoras Marea Editorial (Argentina), Éditions du Sextant (França) e Boitempo Editorial (Brasil). O desdobramento desta tese vem a partir da pergunta: o que essas mulheres-editoras-independentes projetam de si, no sentido privado/público, por meio de seus dizeres e do catálogo editorial? Acreditamos, a priori, que os catálogos são uma das facetas, uma “edição de si”, por meio de um ethos institucional, da “extimidade” (validação de si), daquilo que as mulheres-editoras-independentes editam de si mesmas a partir de suas narrativas de vida, de seus biografemas. O objetivo desta tese é identificar, por meio das entrevistas semiestruturadas e do catálogo editorial, como essa “edição de si” se manifesta em uma perspectiva discursiva e editorial. Discursiva, tendo em vista as marcas enunciativas dos biografemas, da heterogeneidade, dos marcadores de subjetividades, do ethos, da “extimidade” e da memória discursiva. Editorialmente, analisando seus catálogos. Dessa forma, relacionamos as entrevistas semiestruturadas e os catálogos editoriais a essa “edição de si”. No movimento de escolha e justificativa para o corpus desta pesquisa, perpassado pelo parâmetro de interculturalidade, estabelecemos o critério de serem “mulheres-editoras-independentes”, criadoras de suas próprias casas editoriais e com uma temática política progressista em seus empreendimentos. Nossos corpora foram construídos a partir de tentativas de não mais invisibilizar essas mulheres no cenário editorial e nos debruçarmos ainda mais sobre o que elas podem dizer em uma perspectiva discursiva e editorial. Mais além, trouxemos como gesto decolonial ao utilizar entrevistas semiestruturadas, principalmente para se repensar outras demandas em uma perspectiva discursiva, com vistas a abranger seus sujeitos múltiplos e repensar urgências contemporâneas. Acreditamos que o sintagma “edição de si” acompanha essa incompletude nos diversos sentidos discursivos e, sobretudo, editoriais, já que não há um catálogo pronto, há tentativas de um percurso e de livros a serem feitos, de edições constantes e inacabadas – de si, da casa editorial, de ambas. Nessa “personificação” entre projeções, essa “edição de si” é conceito “guarda-chuva” para ancorar um processo que evidencia uma incompletude do ser e da instituição. Descrever e analisar o catálogo como uma narrativa discursiva é uma das formas de narrar, dessa “edição de si”, como lugar de se fazer significar e de se avaliar. Apesar das contradições, ambiguidades, ambivalências e dicotomias pertencentes ao campo editorial, “editar” é ferramenta de resistência, “editar a si”, “editar o mundo” são potências para reexistir. Editar livros, principalmente em uma perspectiva decolonial independente, como um lugar a se chegar, é possibilitar a extensão da memória, da imaginação, é propor a bibliodiversidade a uma sociedade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - GIANI DAVID SILVA
Interno - CLAUDIO HUMBERTO LESSA
Externa ao Programa - MARIANA JAFET CESTARI
Externo à Instituição - ALICE BICALHO DE OLIVEIRA - UFMG
Externa à Instituição - JÚLIA LOURENÇO COSTA - USP
Externa à Instituição - DANIELA SZPILBARG
Notícia cadastrada em: 15/12/2022 11:14
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