Banca de DEFESA: TAYNARA DO NASCIMENTO IRIAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TAYNARA DO NASCIMENTO IRIAS
DATA : 21/09/2023
HORA: 15:30
LOCAL: CEFET MG CAMPUS I - SALA 330
TÍTULO:

“E SE EU FICASSE ETERNA?”: um itinerário de reescrituras das obras e das imagens públicas de Hilda Hilst ou um catálogo de edições


PALAVRAS-CHAVES:

Hilda Hilst; Reescrituras; Processos editoriais; Imagens públicas; Transgressão.


PÁGINAS: 551
RESUMO:

Tendo em vista a transgressão das obras e da trajetória pessoal da escritora paulista Hilda Hilst (1930- 2004), este trabalho discute sobre como se deram as reescrituras das obras e das imagens públicas da escritora no campo literário brasileiro, via edição. Para tanto, amparamo-nos na perspectiva de André Lefevere (2007) de que os processos de edição são eficientes mecanismos de reescrituras, as quais são muitas vezes motivadas por questões pessoais, ideológicas e/ou mercadológicas. Nossa metodologia envolveu o mapeamento e análise de todas as edições dos livros impressos de autoria exclusiva de Hilst publicados a partir de 1950, quando Hilda lançou o seu primeiro livro, até as reedições de 2021. Entre primeiras edições, reedições e traduções/publicações no exterior, nosso corpus englobou cento e cinco volumes. Como estratégia metodológica, essas edições foram agrupadas e analisadas a partir do que identificamos como quatro grandes períodos de reescrituras das obras e imagens públicas de Hilst: entre 1950 e 1989; entre 1990 e 2000; nos anos 2000; e de 2010 até 2021. Buscamos, nos dois primeiros períodos, identificar a influência das motivações pessoais da própria escritora nas escolhas editoriais de seus livros para, nos seguintes, contrastarmos as reedições a esses cenários. A averiguação foi embasada nos paratextos das edições, conforme Gérard Genette (2009), tendo como foco os peritextos dos livros, mas também utilizando os epitextos (como entrevistas, correspondências etc.) em busca de diversas evidências. A partir desses elementos, buscamos assinalar as principais motivações das reescrituras, visualizando como as imagens e o acervo de Hilst foi apropriado segundo diferentes regras, considerando também as lógicas dos campos literário e editorial, principalmente a partir de Pierre Bourdieu (1996a; 1996b; 2003; 2004; 2018a; 2018b) e José Muniz Jr. (2012; 2019). Adicionalmente, para analisarmos as primeiras edições dos livros, também nos embasamos nas discussões sobre as mulheres nos campos literário e de edição, conforme Regina Dalcastagnè (2012; 2021), Constância Lima Duarte (2017; 2019; 2020), Ana Elisa Ribeiro (2020a; 2021; 2022), Luciana Borges (2013), dentre outras, junto às reflexões sobre violência simbólica, conforme Bourdieu (2012), violência editorial de gênero, segundo Micheliny Verunschk (2017), e práxis feminista, conforme Marta Simó-Comas (2019). Em nossas averiguações, verificamos que, nos dois primeiros períodos analisados, as reescrituras das obras e das imagens públicas de Hilst foram muito influenciadas pela escritora, sendo que, especialmente nas edições publicadas pela Massao Ohno Editor, há uma abordagem mais transgressora que nas demais. Nos outros períodos, predominam reescrituras motivadas por questões ideológicas e/ou mercadológicas. Assim, concluímos que as reescrituras das obras e das imagens de Hilst via edição foram impactadas, além de pela autora e seu(s) herdeiro(s), pela atuação das editoras de forma mais próxima ao polo simbólico ou ao econômico, o que influenciou nas escolhas adotadas não só em relação a quais livros foram (re)editados, mas na forma como as (re)edições se deram. Por fim, este trabalho também é composto por um Catálogo de Edições, apresentado no Apêndice A, no qual constam informações mais detalhadas e fotografias das edições dos livros estudados em nosso corpus.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ELIANE ROBERT MORAES
Interna - CLÁUDIA CRISTINA MAIA
Externo ao Programa - JOSE DE SOUZA MUNIZ JUNIOR
Presidente - PAULA RENATA MELO MOREIRA
Notícia cadastrada em: 17/08/2023 16:23
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