Banca de DEFESA: MICHELLE PUCCETTI DE CAMPOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MICHELLE PUCCETTI DE CAMPOS
DATA : 30/10/2023
HORA: 09:00
LOCAL: https://conferenciaweb.rnp.br/sala/jeronimo-coura-sobrinho
TÍTULO:

CRIANÇAS E ADOLESCENTES ROMANI E A ESCOLA: processos educativos pelo olhar da interculturalidade


PALAVRAS-CHAVES:

Romani. Ciganos. Escolarização. Interculturalidade.


PÁGINAS: 151
RESUMO:

Este estudo tem por objetivo analisar os processos educativos de crianças e adolescentes romani, pertencentes ao grupo rom, e suas percepções acerca da escola, buscando compreender quais valores atribuem à escola formal, bem como as razões que levam essas crianças e adolescentes a não serem matriculados, ou, se matriculados, a não permanecerem na escola. Pretende-se, ainda, analisar a relação que desenvolvem com a língua de origem, o romanês, que representa para o grupo um importante símbolo de pertencimento e identidade. Para isso, busca-se traçar um perfil histórico dessa parcela da população, frequentemente vista sob o olhar da discriminação e do anticiganismo, visando conhecer suas especificidades, uma vez que se considera ser o conhecimento instrumento fundamental na superação do preconceito. Examinam-se, ainda, os marcos legais que concernem ao povo romani, principalmente no que se refere à educação, buscando identificar o papel desses dispositivos legais no estabelecimento de diretrizes que promovam a efetiva inclusão do povo romani na escola formal. Analisa-se, também, o Projeto Kalinka: ciganos na minha escola – uma história invisível, que adota uma abordagem pedagógica, baseada em práticas interculturais, de inserção da(s) cultura(s), tradições e modo de vida do povo romani no contexto da educação formal. Este estudo pauta-se na premissa de que a interculturalidade e a educação do entorno, vistas sob a ótica de Maher (2007), são essenciais para uma educação inclusiva que possibilite o diálogo entre culturas distintas, como é o caso das culturas romani e não romani que se dá na escola. Por meio de uma pesquisa qualitativa, construída sob um olhar de alteridade, que teve como informantes 05 (cinco) crianças e adolescentes romani do grupo rom, buscou-se escutar esse recorte populacional a partir de sua perspectiva. Concluiu-se que, apesar do valor positivo atribuído à escola pelos participantes da pesquisa, essa instituição ainda não se encontra preparada para acolher de forma adequada sujeitos que não estão em conformidade com os valores da sociedade majoritária, pois além de ausentes nos currículos e práticas didático-pedagógicas, nota-se, ainda, um despreparo do corpo docente para lidar com a pluralidade em sala de aula. Espera-se que este estudo possa contribuir para a ampliação do debate sobre a escolarização de crianças e adolescentes romani, tema sobre o qual há poucos estudos publicados no Brasil, e subsidiar a elaboração de projetos e políticas educacionais que contemplem as especificidades dessa parcela da população.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANA PAULA CASTELLO BRANCO SORIA (VORIA STEFANOVSKY)
Presidente - JERONIMO COURA SOBRINHO - CEFET-MG
Externo à Instituição - RODRIGO CORRÊA TEIXEIRA
Externo à Instituição - RÔMULO FRANCISCO DE SOUZA - CEFET-MG
Interno - VICENTE AGUIMAR PARREIRAS
Notícia cadastrada em: 10/10/2023 09:54
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