Banca de DEFESA: MATEUS ESTEVES DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MATEUS ESTEVES DE OLIVEIRA
DATA : 11/12/2023
HORA: 13:30
LOCAL: VIRTUAL
TÍTULO:

FRACTAL DE APRENDIZAGEM: motivação, autonomia e interação no ensino e na aprendizagem sob o paradigma da complexidade


PALAVRAS-CHAVES:

Complexidade; Motivação; Autonomia; Interação; Fractal; Fractal de aprendizagem.


PÁGINAS: 256
RESUMO:

Nesta pesquisa, buscamos demonstrar, com base no paradigma da Complexidade, a relação existente entre motivação, autonomia e interação — a nosso ver, basilares na construção do conhecimento —, para defendermos a tese de que a articulação e o encadeamento entre esses três fatores caracterizam o que denominamos “fractal de aprendizagem”. Para isso, partimos da reflexão sobre o pensamento complexo do filósofo Edgar Morin e das teorias que compõem esse paradigma, tais como a dos Sistemas Adaptativos Complexos na perspectiva de Larsen-Freeman (1997), Larsen-Freeman e Cameron (2008), Bertalanffy (2010), Paiva e Nascimento (2009); a do Caos (Lorenz, 1993; Gleick, 1989) e a dos Fractais (Mandelbrot, 1967, 1982 e 1998) também conhecida como a Geometria do Caos. Nesse sentido, com o fito de correlacioná-las com teorias de aprendizagem recorrentes no campo educacional da atualidade, construímos um aporte teórico embasado em Piaget (1973, 1976, 1999), sobre a interação com o meio e com o objeto; em Vygotsky (1984, 2001, 2005), a respeito da interação com o meio social; em Freire (2017), no que tange ao conhecimento prévio do educando e à autonomia; e em Long (1983) e Ellis (1999), a respeito da Interaction Hypothesis. Tal fundamentação teórica se apoia em conceitos do paradigma da complexidade que, também, embasam a discussão sobre o emprego da Dinâmica Interacional Pedagógica Adaptativa Complexa (DIPAC) como um design pedagógico inovador. Ademais, com o objetivo de identificar e de descrever o fractal de aprendizagem subjacente a essas abordagens teóricas e à DIPAC, geramos os dados com docentes da educação básica estadual de Minas Gerais inseridos na Superintendência Regional de Ensino Metropolitana A nos anos de 2022 e 2023. Para isso, ofertamos um curso de formação contínua de professores a essa regional, que teve como foco o emprego da DIPAC e de metodologias ativas. O problema gerador da pesquisa adveio da necessidade de superação das barreiras da cultura escolar linear. Professores e pesquisadores, imersos na realidade desafiadora de fatores sociais, econômicos, históricos e políticos, se veem desafiados a adotarem práticas pedagógicas que não apenas rompam com o paradigma tradicionalista de educação, mas que também motivem os estudantes a buscarem e a construírem conhecimentos de maneira autônoma e significativa. Nesse contexto, a motivação se destaca como um fator primordial nos processos de ensino e de aprendizagem, cuja compreensão vai além da identificação de sua manifestação. A tese defende a necessidade de os professores desenvolverem conhecimentos sobre os estilos de aprendizagem dos alunos, a fim de estimulá-los na busca autônoma do conhecimento e propõe a introdução do paradigma da Complexidade nas práticas docentes, desafiando crenças fossilizadas sobre ensino e aprendizagem. Argumentamos também que os processos educativos são intrinsecamente influenciados por conjunturas sociais, econômicas, históricas e políticas, bem como pelas experiências vivenciadas por estudantes e professores. Os objetivos delineados apontam para a investigação de indícios de geometria fractal nas relações entre motivação, autonomia e interação nos processos de ensino e de aprendizagem e a metodologia envolve a correlação do design pedagógico da DIPAC com esses fatores, a categorização de traços característicos da Complexidade nas narrativas dos professores e a identificação de indícios da geometria fractal nos dados gerados para a pesquisa. Os resultados, obtidos por meio de questionários eletrônicos e entrevistas semiestruturadas, foram analisados sob os preceitos metodológicos da Análise de Conteúdo (Bardin, 2016) e sistematizados em 11 categorias de análise. Após esse trabalho, pudemos ilustrar a proposta do fractal de aprendizagem, evidenciando, assim, que a aprendizagem ocorre por meio da relação entre motivação, autonomia e interação, de modo a estimular e a desenvolver o protagonismo estudantil na formação do próprio conhecimento. Na conclusão, ficou demonstrado que a pesquisa atingiu seus objetivos ao correlacionar as propriedades fractais com a aprendizagem, ao ressaltar traços complexos na DIPAC e a relevância de metodologias ativas na educação e ao propor a superação do ensino tradicionalista, estimulando, desse modo, o protagonismo estudantil alinhado às diretrizes educacionais nacionais. Para além disso, finaliza-se com a proposição do conceito de fractal de aprendizagem e sua aplicabilidade em diferentes níveis e modalidades de ensino, enfatizando, assim, a importância da formação contínua de professores e de investimentos na transformação do sistema educacional brasileiro. A pesquisa não apenas identifica desafios, mas também indica soluções teoricamente fundamentadas com vistas a aprimorar o panorama educacional do país.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALVARO JOSÉ DOS SANTOS GOMES - UFMS
Externo à Instituição - ANTÔNIO DUARTE FERNANDES TÁVORA - UFC
Interno - LUIZ ANTONIO RIBEIRO
Externo à Instituição - MAURÍCIO TEIXEIRA MENDES
Externa à Instituição - RITA DE CÁSSIA AUGUSTO
Externa à Instituição - VERA LÚCIA MENEZES DE OLIVEIRA E PAIVA - UFMG
Presidente - VICENTE AGUIMAR PARREIRAS
Externa à Instituição - WALKYRIA ALYDIA GRAHL PASSOS MAGNO E SILVA - UFPA
Notícia cadastrada em: 07/12/2023 09:57
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